Após dois anos de pandemia, regime de Kim Jong-un enfrenta uma ‘febre’ que já deixou 50 mortos e mais de 1 milhão de infectados
A Coreia do Norte é um país fechado e com poucos aliados. Durante a pandemia de Covid-19, a falta de contato com o resto do mundo deixou de ser só uma questão geopolítica para ser também uma medida para evitar a entrada do vírus em território norte-coreano.
O plano do comandante do país, Kim Jong-un, deu perfeitamente certo por dois anos, mas sucumbiu ao desfile de 90 anos do exército da Coreia do Norte, realizado no final de abril. Segundo fontes internacionais, mais de 20 mil pessoas passaram, pelo menos, dois meses em Pyongyang se preparando para o evento, que pode ter espalhado o vírus pelo país
Segundo o pesquisador Yang Moo-jin da Universidade de Estudos Norte-coreanos, a Covid pode ter chegado ao país a partir da fronteira com a China, que enfrenta um surto da doença em Xangai, principal centro financeiro chinês. O governo comunista de Xi Jinping é um dos poucos aliados que Jong-un possui.
No início deste ano, norte-coreanos aliviaram temporariamente as restrições na fronteira com a China, permitindo um grande fluxo comercial terrestre. O regime de Jong-un sofre com as sanções impostas por Estados Unidos e aliados, catalisada pela pandemia.
De acordo com a agência estatal KCNA, pelo menos 50 norte-coreanos morreram de “febre” nos últimos dias. Outros 1.213.550 estão doentes com sintomas similares aos da Covid-19 e 564.860 estão sob tratamento médico.
Fonte: R7.COM