Um levantamento do Instituto Nacional do Câncer estima que o Brasil deve registrar 704 mil novos casos da doença por ano até 2025.
+ Leia mais notícias no portal Amazônia Sem Fronteira
Diante do número alarmante, a campanha batizada como “Por Cuidados Mais Justos” reforça a urgência de políticas de saúde mais assertivas e a democratização do acesso à prevenção, tratamento e diagnóstico da doença.
4 de fevereiro é o Dia Mundial do Câncer, e este ano entidades ligadas ao estudo e tratamento da doença reforçam a necessidade de acesso igualitário a todos os pacientes.
O oncologista Ricardo Caponero lembra que, pela Constituição, a saúde é um direito de todos. Além disso, temos duas leis específicas sobre o câncer: a dos 30 dias, prazo máximo para diagnóstico em caso de suspeita, e a dos 60 dias, para início de tratamento, que para ele não são cumpridas.
“A gente vê pacientes esperando seis meses por uma cirurgia, ou esperando três meses por uma biopsia. Se a gente reduzir esses tempos na medida do razoável, a gente aumenta seguramente as chances de cura e reduz os custos do tratamento”, diz Ricardo.
Veja também: Gloria Maria morre após luta contra o câncer
A radioterapia é utilizada em 60% dos casos de câncer. De cada 10 pacientes com a indicação, 8 tem chances de cura, mas agendar é uma via crucis na rede pública.
No Brasil, há 40 aparelhos, mas os que são destinados ao SUS não cobrem a demanda, segundo Marcus Simões Castilho, presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia: “teoricamente, desses equipamentos, 80% deveriam estar dedicados ao SUS. A gente sabe que vários equipamentos que tratam pacientes do SUS também tratam pacientes do privado”.
Até 2025 o Brasil deverá ter mais de dois milhões de novos diagnósticos de câncer. O número de casos avança mais rapidamente que o crescimento da população brasileira.
(Por: Simone Queiroz)
Fonte: SBTNEWS