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Biochip, sob a pele, pode mudar a vida dos diabéticos. Entenda como!

Biochip, sob a pele, pode mudar a vida dos diabéticos. Entenda como!

Biochip, sob a pele, pode mudar a vida dos diabéticos. Entenda como!
( Foto: Reprodução )

Um biochip pode mudar vida de 10% da população mundial, jovens e adultos que têm diabetes do tipo 1. o biochip lembra uma moeda e foi criado para ser implantado sob a pele no corpo humano.

Ele age como um pâncreas artificial aplicando diretamente no corpo as medicações de imunoterapia, equilibrando o organismo do diabético.

Especialistas, da Federação Internacional de Diabetes, estimam que até 2025, 438 milhões de pessoas no mundo venham a ser diagnosticadas com a doença – diabetes tipo 1.

A criação do biochip foi desenvolvida por uma equipe de 22 pesquisadores, chefiados pelo professor Jesus Paez-Mayorga, da  Houston Methodist Research Institute, Houston, no Texas, Estados Unidos.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications, em dezembro.

Como usar

O biochip, projetado para aplicar em pequenas ilhas de células a imunoterapia diretamente no corpo do paciente, é um dispositivo impresso em 3D é uma espécie de pâncreas artificial.

Este pâncreas artificula é chamado de NICHE, sigla em inglês para “Encapsulamento e retorno de células implantáveis neovascularizadas”.

As pequenas ilhas pancreáticas recebem um fluxo contínuo de informações sobre os níveis de glicose da corrente sanguínea e ajustam sua produção de insulina conforme necessário.

Essas ilhotas compreendem aproximadamente 1% do pâncreas, mas requerem de 15 a 20 por cento do fluxo sanguíneo para o órgão.

Tratamento

Os resultados, com o uso do biochip, mostraram a restauração dos níveis saudáveis de glicose e eliminou os sintomas do diabetes tipo 1 em modelos animais por mais de 150 dias, evitando os efeitos adversos graves da terapia anti-rejeição ao administrar as drogas imunossupressoras apenas onde as células das ilhotas transplantadas estavam localizadas.

O biochip é colocado sob a pele, sendo composto por um reservatório de células, para acomodar as pesquenas ilhas e um reservatório de medicamentos para onde se destina a medicação de imunossupressão.

É a primeira plataforma a combinar vascularização direta e imunossupressão local em um único dispositivo implantável que opera a longo prazo – a vascularização direta é fundamental para fornecer nutrientes e oxigênio para manter a viabilidade das ilhotas transplantadas.

Avaliação

Alessandro Grattoni, do Instituto Metodista de Pesquisas de Houston, afirmou que os resultados mostram que a “imunossupressão local para transplante de células é eficaz”.

“Este dispositivo pode mudar o paradigma de como os pacientes são tratados e pode ter um impacto enorme na eficácia do tratamento e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes”, disse Grattoni

Os pesquisadores reabasteceram os reservatórios a cada 28 dias, comparando a outras drogas de ação prolongada clinicamente disponíveis para prevenção de enxaqueca ou tratamento de HIV.

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Sem transplante

A diabetes topo é causada por uma reação autoimune que destrói as células do pâncreas que produzem insulina, podendo também causar insuficiência renal.

Em geral, o tratamento envolve injeções diárias de insulina, além do controle dos níveis de glicose, algo complexo no cotidiano, considerando que fatores externos contribuem para as alterações, como alimentação e questões emocionais.

Os casos mais graves levam à necessidade de transplante de pâncreas e rim. Há, ainda, a alternativa de transplante de pequenas ilhas de células em que um doador de pâncreas falecido são colhidas, processadas e depois transplantadas para o fígado do paciente.

A realidade indica que segue como desafio a necessidade de drogas imunossupressoras para o resto de suas vidas, para evitar a rejeição do transplante. A imunossupressão ao longo da vida pode tornar os pacientes vulneráveis a doenças infecciosas e aumenta o risco de certos tipos de câncer.

Fonte: SNB

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