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Aumento do salário mínimo e nova isenção do IRPF vão elevar dívida em R$ 2,28 bilhões

Aumento do salário mínimo e nova isenção do IRPF vão elevar dívida em R$ 2,28 bilhões

Lula volta à Bahia depois de visitar áreas afetadas pelas chuvas em SP
( Foto: Reprodução )

Presidente Lula anunciou que medidas vão entrar em vigor a partir de maio; especialistas destacam possibilidade de piora na inflação

O aumento de R$ 18 no salário mínimo e a expansão da faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para R$ 2.640 podem elevar a dívida pública do país neste ano em ao menos R$ 2,28 bilhões. O cálculo foi feito por especialistas a pedido do R7. As mudanças, anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (16), devem entrar em vigor a partir de maio.

O valor do salário mínimo atual, de R$ 1.302, foi aprovado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por meio de uma medida provisória de dezembro de 2022 e passou a vigorar em 1º de janeiro deste ano. O pagamento passará para R$ 1.320.

isenção do imposto de renda atualmente está em R$ 1.903,98. A ideia de Lula é chegar, de maneira gradual, a R$ 5.000.

O economista Hugo Garbe calcula que, a cada R$ 10 de aumento no salário mínimo, o governo se endivida em mais R$ 1 bilhão. Ele estima, ainda, que a nova isenção do imposto de renda vai inchar a dívida em R$ 480 milhões. No total, seriam R$ 2,28 bilhões a mais.

“O valor do custo das medidas é diferente do incremento da dívida, pois o governo já tinha uma previsão orçamentária para esse incremento de custo. Só que como o custo será maior que a previsão orçamentária, a diferença é justamente os R$ 2,28 bilhões”, explica.

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R7 questionou o Ministério da Fazenda acerca da origem dos recursos para cobrir as medidas anunciadas por Lula, mas, até a última atualização deste texto, não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Cenário ruim

Garbe critica o momento das decisões. “Hoje, no cenário inflacionado em que estamos, com discussão sobre o teto de gastos e logo após a aprovação da PEC [proposta de emenda à Constituição do estouro], que ampliou os gastos do governo, não é fiscalmente responsável aumentar ainda mais o salário mínimo. É natural que todo mundo queira ganhar mais, mas precisa haver responsabilidade fiscal”, justificou.

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Para ele, a atual situação do país é delicada, o que inviabiliza novo reajuste no salário mínimo.

( Por:  Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília )

Fonte: R7.COM

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