A organização definiu a situação como uma questão ‘muito urgente’ à qual está sendo dada ‘prioridade absoluta’
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que o aumento no número de casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida é uma questão “muito urgente” à qual o órgão está dando “prioridade absoluta”.
“É muito urgente, e estamos dando prioridade absoluta a isso e trabalhando muito de perto com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças na gestão e coordenação”, disse nesta segunda-feira (2), em Lisboa, o diretor regional de Emergências da OMS, Gerald Rockenschaub.
O especialista, que está em Portugal para o Universal Health and Preparedness Review (UHPR, na sigla em inglês) – um programa de partilha de recursos entre países para preparar respostas a emergências de saúde pública –, explicou que vários Estados foram alertados para “ficar atentos a isso mais especificamente”, após o aumento no número de casos relatados.
“Estamos fazendo todo o possível para identificar rapidamente o que está causando isso e depois tomar as medidas adequadas, nos níveis nacional e internacional”, afirmou.Os primeiros dez casos dessa hepatite aguda foram notificados pelo Reino Unido à OMS em 5 de abril – os pacientes eram crianças menores de 10 anos sem doenças anteriores. Desde então, também foram detectadas infecções na Espanha, Israel, Dinamarca, Itália, Estados Unidos e Bélgica, entre outros países.
A idade dos acometidos oscila entre 1 mês e 16 anos; na maioria dos casos, eles não apresentam febre; e em nenhum deles foram detectados os vírus associados a essas doenças (hepatite A, B, C, D e E), segundo a OMS.
Em Portugal, país que ainda não detectou casos, a Direção-Geral da Saúde anunciou a criação de um corpo de trabalho para acompanhar a situação.
Fonte: R7.COM