Amazônia Sem Fronteira

Mundo

Aumento de bombardeios: o que esperar da nova fase do conflito entre Rússia e Ucrânia?

Aumento de bombardeios: o que esperar da nova fase do conflito entre Rússia e Ucrânia?
( Foto: Reprodução )

Intensificação dos ataques ocorre após destruição parcial da ponte da Crimeia;  G7 terá enfoque diferenciado em relação à guerra

Mais de 200 mísseis lançados, pânico e caos. Esse é o cenário na Ucrânia que, na última segunda-feira (10), sofreu uma onda de bombardeios russos coordenados e mortais contra várias cidades do país, incluindo a capital, Kiev. Os ataques ocorreram após uma explosão que destruiu parcialmente a ponte da Crimeia, considerada estratégica e simbólica pela Rússia. 

Com novas perspectivas do conflito, o R7 conversou com especialistas para questionar o que esperar desta próxima fase da guerra e como os líderes do G7, grupo das sete maiores economias do mundo, irão agir em relação às ações de Vladimir Putin.De acordo com Igor Lucena, economista e Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Lisboa, devemos assistir um aumento na intensidade da conflito. “Os últimos ataques foram quase que indiscriminados do ponto de vista de alvos. Eles atingiram vários alvos civis”, explica.

Para Leonardo Paz Neves, integrante do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV (Fundação Getulio Vargas), a represália russa à destruição da ponte e os bombardeios em Kiev são considerados relevantes do ponto de vista geopolítico.

“[A onda de bombardeios russos] mostra a intensificação do conflito, pois, quando ele começa a atacar alvos importantes, a retaliação começa a aumentar, do mesmo modo que essa escalada de como chegar à capital mais uma vez, algo que não era feito desde abril”.

Nesse contexto, o apoio da Bielorrússia, principal aliada da Rússia no conflito, é determinante. O país tem uma enorme fronteira com o norte da Ucrânia, o que fez com que boa parte dos ataques russos, no início da guerra, partissem do território bielorusso, no qual os soldados de Putin se reagrupavam e eram protegidos.

“A Bielorrússia e o presidente Lukashenko, na verdade, são uma espécie de Estado satélite e governo de apoio. Quando a gente faz uma análise na prática não há uma uma capacidade política, militar e econômica própria da Bielorrússia e ela depende de todos esses apoios para manter seu regime ditatorial”, diz Lucena. “Então, Lukashenko faz todo o jogo político necessário que Putin solicita. Infelizmente, é um país marionete da Rússia.

Fonte: R7,COM

Mais Notícias

Exit mobile version