A expectativa do setor é que o aumento fique em torno de 16%, maior valor desde 2000
A diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai se reunir nesta quinta-feira, 26, para votar o reajuste dos planos de saúde individuais e familiares.
A agência deve aprovar o índice máximo permitido para o período de maio de 2022 a abril de 2023.
A expectativa do setor é que o reajuste fique em torno de 16%. Isso por causa do aumento de despesas assistenciais e pela inflação. Esse seria o maior valor desde 2000, de acordo com a série histórica da ANS.
Em 2021, o reajuste foi negativo em 8,1%, por conta da redução das despesas assistenciais.
Já em 2020, a ANS suspendeu o reajuste anual devido à pandemia de covid-19. A medida foi adotada de setembro a dezembro, beneficiando cerca de 25 milhões de usuários de planos de saúde individuais ou familiares.
Diferentemente dos planos empresariais e coletivos, essa categoria é regulada pela ANS.
Gastos com saúde no Brasil atingem 10% do PIB
Os gastos com saúde no Brasil em 2019 totalizaram pouco mais de R$ 710 bilhões, o equivalente a quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país no ano. Os dados foram divulgados em abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A maior parcela desses gastos partiu das famílias, respondendo por quase R$ 430 bilhões do total (6% do PIB), enquanto R$ 280 bilhões (4% do PIB) foram despesas de consumo do governo.
A participação das famílias nos gastos com a saúde vem crescendo desde 2011. Em contrapartida, a do governo, que havia crescido entre 2013 e 2016, permaneceu estável depois de uma queda em 2017.
Fonte: R7.COM