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Anestesistas presos por estupro no Rio agiam de formas parecidas

Anestesistas presos por estupro no Rio agiam de formas parecidas

Anestesistas presos por estupro no Rio agiam de formas parecidas
( Foto: Reprodução )

Os dois foram flagrados em vídeos abusando de pacientes sedadas durante cirurgias em hospitais no Rio

Giovanni Quitela e Andres Carrillo, dois médicos anestesistas que atuavam em hospitais públicos do Rio de Janeiro e foram presos pelo mesmo motivo: estupro a pacientes. Quintela foi preso em julho, e Carrillo seis meses depois, em meados de janeiro.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, os dois foram presos por estuprarem pacientes sedadas durante procedimentos cirúrgicos. Os dois agiam de forma parecida, aproveitando que elas estavam desacordadas para esfregar o pênis nas vítimas.

Quintela foi preso em flagrante após ser filmado por funcionários do Hospital da Mulher de Vilar do Teles, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, colocando o pênis na boca de uma paciente que estava fazendo um parto.

A equipe resolveu filmar a ação após desconfiar do comportamento suspeito do anestesista em outras situações.

Já Carrillo foi preso temporariamente no condomínio onde morava, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A Polícia Civil começou a investigá-lo um mês antes, depois de a Polícia Federal ter identificado que ele armazenava, na nuvem de dispostivos eletrônicos, conteúdos de pornografia infantil.

Entre os mais de 20 mil arquivos que foram encontrados nos equipamentos do médico colombiano, a polícia encontrou dois vídeos de estupros praticados por ele, um em 2020 e outro em 2021.

Após análise das mídias, a polícia identificou os hospitais onde os assédios aconteceram. Um dos casos aconteceu no Hospital Estadual dos Lagos – Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema. O outro no Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho. A unidade pertence à  UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Outras vítimas

Após a divulgação dos dois casos, outras possíveis vítimas dos dois médicos apareceram. No caso de Quintela, a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de São João de Meriti, passou a investigar outras 30 possíveis vítimas que foram atendidas por ele.

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Já o colombiano, além de ter sido indiciado duas vezes por estupro de vulnerável, ele também é investigado por armazenar os vídeos de abuso sexual infantil.

A polícia também apura se uma criança de um ano, que faz tratamento contra um câncer, foi vítima de Carrillo. O pai da criança procurou a DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima) por ter desconfiado de atitudes do médico durante um procedimento. A decisão de ir à delegacia foi tomada após ele ter tentado providências do hospital.

Redes Sociais

Os dois médicos também eram ativos nas redes sociais e exibiam suas rotinas sem gerar desconfiança dos seguidores.

Em uma publicação, o colombiano, que estava havia seis anos no Brasil, mostrou o pedido de casamento que fez à mulher, com a torre Eiffel ao fundo, em Paris, na França. Numa outra postagem, o médico escreveu que ela era o maior presente que ele poderia ganhar na vida.

A esposa, que estava com ele durante a prisão, se surpreendeu ao saber dos crimes do marido, que levava uma vida dupla.

Quintella também costumava ser bastante ativo na rede social, na qual publicava o cotidiano de seu trabalho. Pelas postagens, já apagadas, é possível observar que Giovanni atuou em, ao menos, dez hospitais das redes pública e privada.

Na legenda de uma de suas fotos, o médico escreveu: “Vocês ainda vão falar de mim. Esperem”. Na primeira publicação do perfil, ele se apresentou aos seguidores e descreveu que atuar como anestesiologista era seu sonho desde pequeno.

Após a divulgação do crime, o perfil dele atraiu muitos usuários da plataforma e diversos comentários de indignação em suas publicações. O médico, que tinha menos de mil seguidores no site na manhã em que foi preso, chegou a 11 mil no início da noite.

Fonte: R7.COM

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