O Governo do Amazonas disse, nesta segunda-feira (30), que vai organizar o translado de corpos de parte das vítimas do acidente aéreo no Acre. O avião caiu no domingo (29), em Rio Branco, deixando 12 mortos. Quatro vítimas eram de Envira e seis de Eirunepé, cidades do Amazonas.
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Os dez passageiros, sendo nove adultos e uma bebê, e os dois tripulantes, piloto e copiloto, que estavam na aeronave morreram no local.
Nesta segunda-feira, o Governo do Amazonas informou que está prestando apoio às famílias das vítimas moravam no município de Envira, para a viagem a Rio Branco, para o processo de reconhecimento e liberação dos corpos.
“A Secretaria de Estado da Casa Militar também vai organizar a logística para o translado dos corpos das vítimas até o Amazonas, após liberação pelas autoridades acreanas”, destacou o estado, em nota.
Segundo o governo local, a ajuda está sendo realizada conforme tratativas entre a Prefeitura de Envira e o Governo do Amazonas. “Já a Prefeitura Municipal de Eirunepé não solicitou apoio ao Governo do Amazonas e tem tratando diretamente com o Governo do Estado do Acre”, afirmou.
Conforme o Governo do Amazonas, o estado está à disposição das prefeituras municipais dos dois municípios.
Investigação
No domingo (29), o Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em Manaus, informou que vai apurar as causas da queda do avião que matou 12 pessoas no domingo (29), em Rio Branco, no Acre.
De acordo com a Aeronáutica, na investigação “serão utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo”.
O órgão também falou sobre o tempo de conclusão dos trabalhos:
“A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, disse o órgão.
Ainda conforme a Força Armada, o CENIPA, tem o objetivo de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.3 de 3 Bombeiro trabalha em meio aos destroços do avião que caiu perto do aeroporto em Rio Branco, após o fogo ser controlado — Foto: Corpo de Bombeiros do Acre
Bombeiro trabalha em meio aos destroços do avião que caiu perto do aeroporto em Rio Branco, após o fogo ser controlado — Foto: Corpo de Bombeiros do Acre
Vítimas morreram carbonizadas
O voo era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e decolou de Rio Branco com destino a Envira, no Amazonas. A aeronave modelo Caravan tinha capacidade para até 14 pessoas e caiu por volta das 6h30 no horário local (8h30 em Brasília), logo após a decolagem.
O advogado da empresa, Thiago Abreu, informou ao g1 que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. Segundo a Anac, o avião estava em situação regular.
Os corpos começaram a chegar no Instituto Médico Legal às 13h30 (15h30 pelo horário de Brasília). Todos os 12 corpos foram resgatados.
Na aeronave estavam seis homens, três mulheres e uma criança de 1 ano e 7 meses, além do piloto e do copiloto. Veja a lista das vítimas aqui.
De acordo com o Governo do Acre, todas as vítimas morreram carbonizadas:
“O que se sabe até o momento é que as vítimas morreram carbonizadas e as causas do acidente serão investigadas pelas agências competentes”, disse o Palácio Rio Branco.
Ainda conforme o Governo do Acre, ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), viaturas da Polícia Militar e um helicóptero do Ciopaer também se deslocaram até o local para auxiliar nas ações de resgate.
“Diante da fatalidade, o governo do Estado do Acre manifesta solidariedade às famílias dos passageiros, do piloto e do copiloto que estavam no voo, e comunica que manterá toda a sua estrutura de segurança e saúde no local para garantir o resgate dos corpos e evitar novos desastres em decorrência das chamas que se alastraram rapidamente após o acidente”, finalizou o estado.
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O município de Envira, no Amazonas, decretou luto oficial de três dias após a tragédia. O decreto de foi assinado pelo prefeito Paulo Ruan no início da tarde. Segundo o documento, o expedinte em todas as repartições públicas municipais está suspendo nesta segunda-feira (30).
Fonte: G1-AM