Em jantar promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e Suframa, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, falou sobre a preocupação do Brasil em relação à reforma tributária e disse que a Zona Franca de Manaus pode contar com ele para manter a sua competitividade. “A Zona Franca é um case de sucesso. São quase 500 empresas, mais de 100 mil empregos diretos e quase meio milhão de empregos indiretos”, disse.
Alckmin destacou que não são só 30% do PIB do Estado, mas 40% da arrecadação do Estado, e que movimenta o comércio, os serviços, que são inseparáveis da indústria. “Com o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia, que será gerido como Organização Social), nós vamos poder aproveitar melhor o momento que nós estamos vivendo. Hoje o que todos querem saber é: onde eu produzo bem, barato e onde consigo compensar as emissões de carbono e gás de efeito estufa? É no Brasil. Então nós vamos poder atrair mais investimentos para o nosso País”, avaliou o vice-presidente.
“Estamos convencidos de que o MDIC está em ótimas mãos. E apostamos na sua experiência, habilidade política e conhecimento das prioridades para o fortalecimento da indústria e desenvolvimento da economia brasileira. Com uma vida dedicada à política, sua trajetória é um exemplo de atuação pautada na gestão do setor público e na contribuição efetiva para a melhoria das condições econômicas e sociais “, frisou o presidente da FIEAM, Antonio Silva.
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Silva comentou que suas posições equilibradas e abertas ao diálogo são uma das marcas que têm contribuído para a ampla e proveitosa interlocução com o setor produtivo, ao abrir caminho para superar os entraves e facilitar a adoção de medidas que viabilizem um quadro mais propício para atração de investimentos e o aumento da tão necessária competitividade do país.
O empresário aproveitou para dizer ao ministro que não podemos atribuir tratamento igualitário para estados que, notadamente, possuem gigantescas diferenças em suas estruturas. Somos uma região isolada dos grandes centros consumidores, o transit time de uma mercadoria para o Amazonas, por exemplo, é de, no mínimo, 25 dias.
Essa complexa logística carrega consigo um altíssimo custo. “A Constituição Federal disciplina, em seu artigo 3° (terceiro), inciso III, que é objetivo fundamental da República Federativa do Brasil a redução das desigualdades sociais e regionais. O modelo Zona Franca de Manaus foi criado justamente com esse intuito e seu sucesso é inegável”, frisou Silva.
Para Silva, o país está diante de um processo necessário e urgente para avançar nas suas reformas básicas, a fim de oferecer condições mais propícias para o desenvolvimento, ainda mais com o anúncio feito pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, da reforma tributária, em tramitação no Congresso, com duas propostas, que têm avançado para que a aprovação ocorra ainda neste ano.
CBA com UEA, FUEA e IPT
O vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, informou durante a 308ª Reunião Ordinária Conselho de Administração da Suframa (CAS), que o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) poderá em breve ter seu processo de gestão definido na forma de uma Organização Social, por meio de decreto presidencial a ser publicado, possivelmente, na próxima semana.
“Durante muito tempo houve uma discussão jurídica sobre a OS que vai poder gerir o CBA e conseguimos resolver”, disse o vice-presidente e ministro. Após contrato assinado, o CBA entra em operação com mais três instituições, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA) ligada a universidade e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, o IPT.
Segundo o ministro, há um potencial enorme de possibilidades com o centro de biotecnologia, o presidente Lula está empenhando na questão dos acordos internacionais, para a gente conquistar mais mercados.
ABDI entrega CPEs para as indústrias
Na ocasião, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, e o diretor de Desenvolvimento de Negócios do Parque Tecnológico de São José dos Campos, Marcelo Nunes, firmaram parceria com a FIEAM, que irá beneficiar as empresas instaladas no PIM. Os cinco equipamentos entregues de forma simbólica serão voltados ao desenvolvimento do projeto de fomento ao ecossistema de 5G no Distrito Industrial de Manaus. Ao todo serão mais de 500 unidades distribuídas para todas as empresas ativas do Distrito I do Polo Industrial de Manaus (PIM).
Os CPEs (sigla para Customer Premise EquipmenT) são equipamentos que transformam o sinal 5G em um sinal WiFi, que podem ser utilizados dentro das empresas e estabelecimentos, sendo uma tecnologia que vai aumentar e melhorar os acessos fixos à Internet, sem depender da passagem de novas fibras ópticas, para acesso à internet.
“O objetivo desta ação é desenvolver casos de uso de 5G nas fábricas, em parceria com operadores de telecomunicação, impactando, principalmente, a produtividade da indústria, do comércio e dos serviços na Região”, disse Calvet.
Participaram do jantar, realizado na sexta-feira (24), o governador do Amazonas, Wilson Lima, deputados federais da bancada do Amazonas, Amon Mandel, Átila Lins, Capitão Alberto Neto, Fausto Júnior e pelo Acre, Antônia Lúcia, além do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Pauderney Avelino, vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, economista, Serafim Correia, presidente do Conselho Superior do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Luiz Augusto Rocha, da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus, Ralph Assayag, e empresas do PIM, como Moto Honda da Amazônia, entre outros.
Fonte: ASCOM/FIEAM