Com explosão recente de novos casos na China, patamar de 10 mil mortes semanais saltou para 40 mil
O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta sexta-feira (27) que a resposta global à pandemia de Covid-19 está “mancando” devido à falta de vacinas e tratamentos em muitos países, razão pela qual “muitas redes de saúde continuam sofrendo”.
“Estamos certamente em uma posição melhor do que há um ano, quando a variante Ômicron estava em seu pico e 70 mil mortes eram registradas semanalmente”, disse ele na abertura da reunião trimestral do Comitê de Emergência Covid-19, que deve decidir se manter ou não o alerta internacional para esta doença.
Durante a reunião anterior do comitê, em outubro, quando foi decidido manter a emergência internacional declarada desde 30 de janeiro de 2020, “as mortes estiveram próximas do nível mínimo da pandemia, 10 mil por semana”, mas voltaram a subir desde dezembro, lembrou Tedros.
Parte dessa nova tendência ascendente, que fez com que as mortes registradas na semana passada chegassem a 40 mil, se deve “ao levantamento das restrições na China, que causou uma onda de mortes na nação mais populosa do mundo”, disse o diretor.
Tedros também lamentou que a vigilância e o sequenciamento genético de casos em laboratório tenham sido drasticamente reduzidos no mundo, o que, segundo ele, dificulta o rastreamento de possíveis novas variantes.
Além disso, “a confiança da opinião pública nas ferramentas de controle da Covid-19 – vacinas, tratamentos, etc. – está sendo minada por uma torrente contínua de desinformação”, reclamou chefe da OMS.
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A reunião da comissão de especialistas, presidida pelo francês Didier Houssin, emitirá suas recomendações, mas a decisão sobre a manutenção ou não da emergência, como nas reuniões anteriores, caberá ao próprio Tedros, que a tornará público nos próximos dias, embora a data ainda não esteja definida.
Após mais de três anos de pandemia, 664 milhões de casos de Covid-19 foram oficialmente registrados, e 6,7 milhões de pessoas morreram com a doença, embora a OMS enfatize que são apenas casos confirmados, e os números reais podem ser bem mais antigos.
Fonte: R7.COM