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Ações de saúde no Carnaval ajudam na prevenção de ISTs

Além da distribuição de preservativos, PrEP, campanhas educativas e testagem frequente são essenciais na prevenção. Médico especialista destaca a importância dessas abordagens para reduzir a transmissão de ISTs além do período festivo

Ações de saúde no Carnaval ajudam na prevenção de ISTs
Ações de saúde no Carnaval ajudam na prevenção de ISTs

Em 2025, diversas políticas públicas foram implementadas durante o Carnaval com o objetivo de reforçar cuidados básicos para os foliões, incluindo a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). 

Em Salvador, por exemplo, de acordo com a Secretaria de Comunicação, dois módulos municipais do programa Fique Sabendo realizaram mais de 6 mil testes para ISTs. O número representa um crescimento de 9% em relação à edição anterior da festa, em 2024, quando foram feitos mais de 5 mil exames para detecção de HIV, sífilis e hepatites B e C.

O especialista em coloproctologia LGBTQIAPN+ e fundador do Instituto Medicina em Foco, uma clínica inclusiva em São Paulo, Dr. Rodrigo Barbosa, afirma que campanhas como a realizada na capital baiana são cruciais, pois permitem a detecção precoce de infecções, reduzindo a propagação e promovendo o tratamento adequado. 

Além disso, segundo o profissional, essas iniciativas ampliam a conscientização sobre a importância da saúde sexual e tornam os serviços de atendimento mais acessíveis, especialmente em momentos de maior vulnerabilidade.

“Realizar testes para ISTs após períodos de grande exposição, como o Carnaval, é fundamental para identificar infecções precoces e iniciar o tratamento, se necessário. Isso não apenas protege a saúde individual, mas também contribui para a saúde pública, reduzindo a disseminação de infecções na comunidade”, analisa.

Porém, o Dr. Rodrigo ressalta que a prevenção de ISTs deve ser contínua e não restrita a períodos sazonais, uma vez que a transmissão de patógenos ocorre ao longo de todo o ano. “O comportamento sexual pode ser influenciado por fatores culturais e sociais, mas a vulnerabilidade às ISTs é uma preocupação constante, independentemente da época. A educação e a conscientização contínuas são essenciais para manter a saúde sexual da população”, ressalta.

Uma das formas de promover a conscientização sobre o uso de preservativos durante todo o ano, explica o médico, é por meio de programas educacionais em instituições de educação, campanhas em redes sociais, distribuição de materiais informativos em eventos comunitários e parcerias com bares e casas noturnas. 

“A promoção de diálogos abertos sobre sexualidade e saúde sexual, além de workshops e palestras, pode ajudar a desmistificar o uso de preservativos”, acrescenta.

Outras estratégias podem ajudar na prevenção

Além do uso de preservativos, outras estratégias eficazes ajudam a reduzir a transmissão de ISTs. O infectologista Dr. Vinicius Borges, especialista em saúde LGBTQIA+ e também um dos fundadores do Instituto Medicina em Foco, destaca a importância de testes regulares, educação sexual abrangente e campanhas de conscientização sobre os diferentes tipos de infecções.

Ele também ressalta o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) para populações de maior risco e a profilaxia antibiótica pós-exposição com doxiciclina (DoxiPrEP), que pode reduzir a transmissão de algumas ISTs.

“A formação de grupos de apoio e redes de saúde comunitárias, incluindo as redes sociais, também podem ajudar a disseminar informações e a criar um ambiente mais seguro. O Instituto Medicina em Foco, por exemplo, assim como minha página no instagram, @doutormaravilha, buscamos abordar esses assuntos”, reforça o infectologista.

O acesso a informações claras e livres de estigma é essencial para a comunidade LGBTQIAPN+, segundo o especialista, “pois promove a autoestima e a capacidade de tomar decisões informadas sobre saúde sexual”.

Ele também destaca a importância de serviços de saúde acolhedores e preparados para atender às necessidades específicas dessa população, garantindo segurança e conforto a quem busca cuidados.

“É importante destacar que a saúde sexual é um componente integral da saúde geral e que o estigma associado às ISTs pode ser um obstáculo significativo ao tratamento e à prevenção. A abordagem inclusiva e informativa é fundamental para garantir que todos tenham acesso a cuidados de saúde adequados e à informação necessária para viver de forma saudável e segura”, finaliza.

Para mais informações sobre o Instituto Medicina em Foco, que possui diversos profissionais especializados no cuidado LGBTQIA+, basta acessar: https://emfoco.med.br/ 

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