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Grupo Monto usa madeira engenheirada em parques logísticos

O investimento tem como objetivo reduzir o impacto ambiental na construção civil, setor responsável por 37% do total de emissões globais de CO², segundo relatório da ONU

Grupo Monto usa madeira engenheirada em parques logísticos
Grupo Monto usa madeira engenheirada em parques logísticos

A construção civil é um dos setores que mais contribuem para as emissões globais de CO², responsável por 37% do total, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Diante desse cenário, o Grupo Monto, em parceria com a Brookfield Properties, desenvolveu um projeto que utiliza madeira engenheirada na construção de grandes parques logísticos, alinhando-se às diretrizes globais de descarbonização e sustentabilidade.

A madeira engenheirada, também conhecida como mass timber, tem ganhado destaque no exterior por sua usabilidade, resistência e baixo impacto ambiental. No Brasil, no entanto, seu uso ainda é subestimado, especialmente em grandes empreendimentos como parques logísticos.

“O projeto do Grupo Monto visa mudar essa realidade, buscando uma solução construtiva que alie eficiência, sustentabilidade e bem-estar”, afirma Luís Malavasi, CEO da Monto Engenharia.

Enquanto materiais tradicionais como o concreto e o aço emitem grandes quantidades de CO² durante sua produção, a madeira engenheirada atua como um sequestrador de carbono. De acordo com a CROSSLAM, empresa parceira da Monto e especializada em soluções completas de engenharia e uma das pioneiras na produção de painéis de CLT no Brasil, 1 m³ de madeira engenheirada de eucalipto captura cerca de 1 tonelada de CO², enquanto 1 tonelada de ferro emite aproximadamente 930 kg de CO².

O projeto desenvolvido pelo Grupo Monto utiliza madeira de eucalipto da variedade Grandis, 100% renovável e originária de florestas plantadas certificadas, alinhando-se ao perfil da CROSSLAM, especializada em engenharia de valor para projetos em madeira engenheirada. A área construída com o material totaliza 1.688,44 m², gerando 50 toneladas de crédito de CO².

Além disso, a estrutura mais leve da madeira engenheirada (650 kg/m³) em comparação com o concreto (2.500 kg/m³) pode contribuir para a redução do uso de outros materiais, diminuindo ainda mais as emissões.

Vantagens construtivas e operacionais

Além dos benefícios ambientais, a madeira engenheirada oferece vantagens significativas em termos de eficiência construtiva. “O uso de um material 100% industrializado aumenta a precisão na montagem da estrutura, diminui a quantidade de resíduos gerados e agiliza a entrega do empreendimento”, explica Malavasi.

“A baixa manutenção e a longevidade das edificações também são pontos fortes do material”, acrescenta o CEO da Monto Engenharia.

Segundo Malavasi, outro diferencial é a sensação de bem-estar proporcionada pela madeira, um elemento natural que melhora a qualidade do ambiente interno. “Isso é especialmente importante em ambientes corporativos, onde o conforto dos ocupantes é uma preocupação constante”, complementa.

Falta de incentivos fiscais, mas avanço nas certificações

Apesar dos benefícios, o Brasil ainda não conta com incentivos fiscais ou regulatórios específicos para o uso de materiais sustentáveis na construção civil. Um projeto de lei (PLS 252/2014) que propõe incentivos fiscais para imóveis com práticas sustentáveis está em análise na Câmara dos Deputados desde 2018.

No entanto, as certificações verdes, como a LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), têm ganhado espaço no mercado. “Edifícios LEED tendem a ter um valor de revenda e aluguel mais alto, além de atrair compradores e locatários conscientes da importância da sustentabilidade”, afirma Danilo Almeida, consultor de aprovações da Monto Engenharia. 

Expectativas para o futuro

O Grupo Monto acaba de completar sete anos de atividade em março de 2025,  formado pelas unidades de negócio: Monto Engenharia, Monto Fast & Predial, Monto Industrial e Monto Ambiental.

De acordo com o presidente Bruno Zanini Pastor, “na Monto, nossa missão é entregar soluções de engenharia de alto padrão, unindo tecnologia e inovação em cada projeto. Queremos ver nossos clientes crescendo e crescer junto com eles, buscando construir histórias de sucesso através de grandes entregas”, afirma. 

Recentemente, o grupo – com sede na cidade de São Paulo (SP), foi eleito a 21ª maior construtora do Brasil de acordo com o Ranking Nacional da Engenharia 2024 pela Revista O Empreiteiro. A companhia recebeu o 5° Prêmio InovaINFRA 2024 com o projeto “Redução do Impacto Ambiental com uso da Madeira Engenheirada na Construção de Parques Logísticos”.

As organizações envolvidas no projeto de madeira engenheirada têm como principal expectativa reduzir o impacto ambiental do empreendimento, alinhando-se às demandas globais por práticas mais sustentáveis. “Cada dia mais, grandes empresas são cobradas pelo impacto de suas operações no meio ambiente. Buscamos parcerias com aquelas que querem realmente fazer a diferença”, destaca Luís Malavasi.

Na visão do presidente da Monto Engenharia, o uso de madeira engenheirada em parques logísticos representa um avanço significativo para a construção civil no Brasil, demonstrando que é possível conciliar eficiência, sustentabilidade e inovação. “Com projetos como esse, o Grupo Monto deseja reforçar o compromisso com a descarbonização do setor e a promoção de um futuro mais sustentável”, explica Bruno Zanini.

O Grupo Monto é membro do Green Building Council (GBC) Brasil e apoia a transformação da indústria da construção em prol da sustentabilidade.

Para mais informações, basta acessar: https://www.grupomonto.com.br/

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