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Filtragem móvel pode mudar o futuro das barragens no Brasil

A fabricante chinesa de equipamentos de filtragem industrial, JingJin, apresentou ao mercado brasileiro equipamento de filtragem móvel que pode redefinir o futuro das barragens de rejeito da mineração no país. O equipamento permite que o processo de filtragem seja realizado em diferentes locais das plantas de mineração, sem a necessidade de fundações fixas ou instalações permanentes

Filtragem móvel pode mudar o futuro das barragens no Brasil
Filtragem móvel pode mudar o futuro das barragens no Brasil

A fabricante chinesa de equipamentos de filtragem industrial, JingJin, apresentou ao mercado brasileiro a Mobile Platform, equipamento móvel que permite que o processo de filtragem de rejeitos seja realizado em diferentes locais das plantas de mineração, sem a necessidade de fundações fixas ou instalações permanentes, já que o equipamento tem a opção de operar sob rodas eliminando a necessidade barragens e permitindo o descomissionamento das existes, podendo transformar a abordagem no tratamento das barragens de rejeito da mineração, um dos temas mais sensíveis ambientalmente no país.

Por se tratar de um equipamento com mobilidade, não há a necessidade de obras civis permanentes, como fundações e terraplanagem, reduzindo os impactos ambientais nas áreas de instalação, bem como seus custos de implantação. O conjunto móvel é composto por um filtro prensa, sistema hidráulico, bomba de alimentação de polpa e correia transportadora, oferecendo uma solução completa em um formato compacto e customizável. Com capacidade de até 250 m² de área filtrante, o equipamento visa combinar performance à versatilidade através de uma solução do tipo plug and play.

“Nossa estação móvel de filtragem foi projetada para atender às demandas mais críticas do setor, como o tratamento de rejeitos em barragens e bacias de adensamento. Além de promover a sustentabilidade, a Mobile Platform aumenta a segurança das operações e reduz custos operacionais”, explica Hudson Braga, engenheiro especialista em filtragem de rejeitos da JingJin.

A questão das barragens de rejeito no Brasil é tema extremamente sensível devido ao histórico de ocorrências recentes, como os rompimentos em Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019, que resultaram em graves perdas humanas, ambientais e econômicas. Esses eventos evidenciaram a urgência em implementar soluções de tratamento de rejeitos mais seguras e eficientes, como o uso de filtros prensa. “Tecnologias avançadas de filtragem possibilitam a redução significativa do volume de rejeitos armazenados em barragens, promovendo a desidratação dos resíduos e viabilizando alternativas mais sustentáveis para seu manejo”, afirma Wesley Xavier, CEO da companhia no Brasil. De acordo com o Relatório de Barragens de Mineração de Dezembro/2024 da Agência Nacional de Mineração, a ANM, o país possui mais de 800 barragens de rejeito cadastradas, sendo que cerca de 40% são classificadas como de alto risco ou de alto potencial de dano ambiental. “Esse cenário reforça a necessidade de adotar tecnologias que minimizem riscos e transformem a gestão de rejeitos no setor, garantindo a segurança das operações e reduzindo os impactos ambientais associados à mineração”, reforça Xavier. 

Algumas empresas já adotaram os sistemas fixos de filtragem de rejeito da fabricante chinesa em suas operações, como é o caso da LGA Mineração, localizada em Lobo Leite, Minas Gerais. Nessas operações, a filtragem dos rejeitos desempenha um papel fundamental na eliminação da necessidade de formação de barragens, permitindo o empilhamento de rejeitos à seco com umidade reduzida. O CEO da LGA, Paulo Soares, afirma que os rejeitos atingem aproximadamente 16% de umidade: “O processo de filtragem dos rejeitos não apenas assegura a estabilidade geotécnica das pilhas garantindo segurança operacional, como também reforça as práticas de sustentabilidade e o compromisso e respeito da nossa empresa com as questões ambientais”, afirma Soares. Aplicando mobilidade a JingJin acredita que poderá adaptar o equipamento às condições variáveis das operações de mineração, otimizará o uso de recursos e reduzirá o impacto ambiental das atividades extrativas e permitirá o descomissionamento das barragens no país. 

Sobre a JingJin Brasil

Presente em mais de 123 países, a chinesa JingJin tem suas operações no país através da JingJin Brasil, com sede em Nova Lima, Minas Gerais. A estrutura no país inclui laboratório para testes de filtrabilidade, assistência técnica especializada e estoque de peças de reposição. De acordo com o representante da engenharia da empresa, a Mobile Platform está disponível para visitação e testes operacionais.  

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