Uma pesquisa revelou que as empresas do mercado brasileiro investem, anualmente, apenas 2,3% da folha salarial em treinamento e desenvolvimento (T&D) dos funcionários. O dado está disponível em um relatório da Integração Escola de Negócios e da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD).
O setor que mais aplica recursos em T&D é o da indústria. Nele, são investidos cerca de R$ 1.059 por colaborador em cursos, mentorias, programas de formação, materiais de capacitação, entre outras atividades que buscam aperfeiçoar as habilidades dos profissionais.
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Em seguida, vêm os setores de serviço (investimento anual de R$ 990 por funcionário) e comércio (R$ 624). Para chegar a esses resultados, a pesquisa ouviu 581 empresas com um número médio de 3,3 mil colaboradores cada, sendo que os dados são relativos a 2022. Apesar de ter havido um crescimento em comparação com 2021, constata-se que a área de T&D ainda não recebe atenção significativa em muitos negócios.
“A percepção é que investir em T&D é caro e demorado, como se fosse investir em uma nova graduação ou uma pós de 2 anos para o colaborador”, explica Suzana Lordelo, co-founder e chief learning officer do Lingopass, edtech focada no ensino de idiomas para empresas.
Microlearning
No entanto, a ideia de T&D como algo necessariamente demorado e extremamente custoso não é verdadeira, segundo a especialista. Ela cita o exemplo do microlearning, que surge como opção para empresas com demandas urgentes a serem resolvidas – por exemplo, capacitar uma equipe para lidar com uma nova tecnologia que será implementada de imediato na rotina.
“O microlearning possui a função de ensinar uma habilidade específica em um conteúdo curto e objetivo, sendo um enorme aliado de T&D. As empresas conseguem ter retorno rápido e muito direto para atender às necessidades específicas que possuem”, diz. O aprendizado, geralmente, é feito por meio de recursos multimídia: vídeos, infográficos, animações e questionários interativos que aumentam o engajamento e a compreensão.
Independentemente da área da atuação, o ideal é que os negócios incentivem a capacitação constante da sua equipe. Isto é, oferecer atividades de microlearning e conscientizar os profissionais sobre a importância da participação de cada um, de acordo com a profissional.
Como resume Lordelo, em 2024, “as empresas de grande porte estão diante de uma oportunidade crucial: revolucionar seus processos de treinamento e desenvolvimento com o microlearning”. Ela afirma também que “à medida que o cenário empresarial evolui, a capacidade de adaptação e aprendizado rápido torna-se um diferencial competitivo incontestável”.
Para saber mais, basta acessar: https://www.lingopass.com.br