Consolidada como uma das principais datas do comércio brasileiro, a Black Friday promete movimentar o setor neste fim de ano, com 85% dos consumidores planejando ir às compras no dia 24 de novembro, como mostra um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. É também esperado que nesse período haja um aumento na incidência de golpes, e os compradores não são as únicas vítimas. O alerta é da Provenir, empresa de software para tomada de decisão de risco baseado em Inteligência Artificial.
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Entre as práticas emergentes adotadas pelos criminosos está o uso de identidades sintéticas – quando uma nova identidade é criada a partir da combinação de informações falsas e verdadeiras, o que dificulta a detecção do golpe – para abertura de contas, aquisição de cartões de crédito e de lojas e para empréstimo pessoal. Roubo de identidades legítimas e transferências bancárias indevidas também figuram entre as principais modalidades de fraude.
“O risco de perdas por fraude, seja na integração ou ao longo da jornada do cliente, deve estar sempre entre as principais preocupações das instituições financeiras, e esse risco é potencializado em datas-chave para o varejo, como a Black Friday. Por isso, é preciso acompanhar a constante evolução das ameaças, aperfeiçoando os mecanismos para detectar e prevenir a ação dos agentes maliciosos”, alerta Jose Luis Vargas, Vice-Presidente Executivo para a América Latina da Provenir.
Apesar de toda a oferta de dados disponíveis para análise de risco, abrangendo uma variedade de parâmetros – verificação de documentos, presença em redes sociais, informações de dispositivos, etc. –, um dos grandes desafios das instituições financeiras é consolidar essas fontes em um único fluxo de dados que possa ser empregado de forma ágil e flexível no processo de tomada de decisão.
“Nem sempre as instituições sabem que tipo de dados elas precisam ou como acessar e integrar facilmente novas fontes de dados. Além disso, as equipes de risco de fraude, identidade e crédito geralmente atuam de forma isolada, o que dificulta otimizar totalmente as decisões ou ter uma visão holística dos clientes ao longo de sua jornada”, comenta Vargas.
O executivo da Provenir também destaca o avanço no uso da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta de ponta capaz de auxiliar na tomada de decisão de risco e prevenção à fraude.
“Com soluções baseadas em IA, é possível orquestrar dados com base em necessidades específicas, utilizando uma ampla variedade de fontes prontamente disponíveis e com fácil integração aos fluxos de trabalho de tomada de decisão. Além disso, modelos de risco podem ser atualizados tão rapidamente quanto os vetores de ataque, com regras configuráveis para respostas mais rápidas diante de novas ameaças de fraude”, pontua.
Por fim, Vargas reforça que o Brasil tem assistido a um aumento considerável no número de ocorrências envolvendo identidade sintética, e que as instituições precisam se preparar. “O acesso em profundidade a fontes de dados tradicionais e alternativos permite identificar até mesmo as anormalidades mais sutis durante verificações de fraude e integração de novos clientes, fornecendo pistas necessárias para analisar detalhes como pequenas alterações de e-mail ou até mesmo se a geolocalização do suposto cliente corresponde à atividade de suas redes sociais”, conclui.