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Corrida é preferida por atletas amadores e profissionais

Estudo aponta aspecto democrático da corrida de rua, apesar de menor participação geral feminina; empreendedora do setor esportivo vê oportunidade de aumentar participação das mulheres e destaca diferenças nas demandas de atletas amadores e profissionais

Corrida é preferida por atletas amadores e profissionais
Corrida é preferida por atletas amadores e profissionais

A edição 2022 da pesquisa “Perfil do atleta brasileiro”, realizada pela plataforma de inscrições Ticket Sports, mostrou que a corrida de rua é o esporte preferido pelos participantes de eventos esportivos no Brasil. O levantamento, feito com os atletas que fizeram pelo menos uma inscrição através do serviço, é feito anualmente desde 2017 e traz dados demográficos e de comportamento de compra dos praticantes de esportes no Brasil.

Um aspecto destacado pelo estudo foi a diferença entre a participação dos públicos feminino e masculino em eventos esportivos. Neste ano, a participação das mulheres teve leve aumento, chegando a 45% (contra 55% de participação dos homens).

Izabel Goulart, ou Bel Goulart, é cofundadora da Keep Running Brasil, empresa de produtos e serviços para corredores, e disse já ter notado essa diferença no público atleta. “Chama mesmo a atenção a diferença entre atletas homens e mulheres”, conta a empreendedora. “Em nosso nicho do varejo, especializado em corrida, percebemos também essa diferença e em alguns dados se mostra ainda maior, o que desperta uma oportunidade de investimento em trazer mais mulheres para o mundo da corrida”.

A corrida de rua é a preferida do público desde a primeira edição da pesquisa, o que se justifica, segundo o documento do estudo, pelo caráter “democrático” da modalidade, reunindo atletas amadores e profissionais nos mesmos eventos. “Além de ser um complemento para outras atividades, a corrida é a porta de entrada para inserir o hábito do esporte na vida das pessoas”, diz Bel, sobre a oportunidade apresentada pela corrida para aumentar a participação do público feminino.

Bel entende que “são duas personalidades distintas: a corredora amadora busca saúde e superação. Já a profissional também tem o foco de superação, mas sempre com o alvo no pódio, competindo com os outros e não só consigo mesma”. Ela acrescenta que, enquanto os corredores profissionais focam em performance, os amadores sempre têm o equilíbrio entre saúde e resultados em mente.

Nos quase dez anos de atuação no ramo, Bel observou a importância de oferecer o suporte correto para cada tipo de atleta, tanto com o intuito de igualar a participação dos dois gêneros quanto para atender as necessidades do público esportista em geral. Para ela, as principais demandas de atletas amadores são estrutura de provas e eventos adequados e profissionais capacitados que os habilitem a atingir objetivos mais ambiciosos.

“Hoje, por falta de conhecimento ou até mesmo de profissionais capacitados, o corredor se lesiona muito rápido e acaba desistindo do esporte. O que não é bom nem para ele e nem para a comunidade”, afirma a empreendedora. Já os atletas profissionais, segundo ela, têm uma demanda focada no reconhecimento. 

Na análise de Bel, no Brasil ainda se investe pouco em estímulo e premiações para os atletas profissionais, o que representa uma outra oportunidade de investimento para as empresas que atendem o público esportista. “As marcas líderes de mercado poderiam atuar mais no dia a dia desses atletas. O atleta profissional ainda tem pouco reconhecimento no Brasil, o que reprime sua real capacidade de influenciar no esporte”, finaliza ela.

Para mais informações sobre a empresa, basta acessar: https://www.keeprunningbrasil.com.br/

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