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Agrobusiness em alta impulsiona indústria química

Especialista do mercado diz que boas perspectivas se estendem da produção de carnes e safras de grãos até fornecedores de rações, fertilizantes e produtos químicos

Agrobusiness em alta impulsiona indústria química
Agrobusiness em alta impulsiona indústria química

O Brasil está vivendo uma fase mais otimista neste último trimestre de 2023, em termos de perspectivas do agrobusiness para 2024. Estimativas da BrasilAgro apontam para um aumento médio de 10% de área plantada por cultura em hectare, com uma safra 26% maior do que em 2022/2023. Um dos destaques mais positivos é a nova produção de soja e milho, que deve aumentar a área plantada em 14% e 31%, respectivamente.

No caso das carnes bovina, de frango e suína, a projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é de uma produção nacional de 30,85 milhões de toneladas – 2,7% a mais em relação ao registrado neste ano, que já foi recorde. O país também deve alcançar uma marca inédita nas exportações de carne, mantendo alta disponibilidade para o mercado interno, chegando a 104,9 kg por habitante.

Diante dos resultados positivos registrados pelo agrobusiness, com expectativa de que se estendam em 2024, a indústria nacional é impactada positivamente. De acordo com João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas – um dos maiores fabricantes de potassa cáustica da América Latina – as análises divulgadas sinalizam positivamente para a indústria química, já que a comercialização da potassa cáustica – fundamental na industrialização de defensivos agrícolas – também responde a todo aumento de demanda.

Freitas diz que o maior consumidor da potassa é o setor agropecuário, que a emprega na produção de defensivos agrícolas e fertilizantes foliares. “A potassa cáustica (hidróxido de potássio) é um álcali parecido com a soda cáustica, mas é utilizada em aplicações mais nobres, em que o potássio agrega um nutriente ao terreno, em caso de aplicações agrícolas. A matéria-prima da Katrium é o cloreto de potássio, que precisa ser importado. A eletrólise do sal gera a potassa, mas também cloro, hidrogênio e ácido clorídrico – além do hipoclorito de sódio, que tem como base o cloro”.

Já para a produção de carne animal, o fosfato bicálcico é a mais nobre fonte de fósforo utilizada na produção de rações para todas as espécies e fases de criação. “Depois do cálcio, o fósforo é o macromineral com maiores concentrações no organismo animal.  Na realidade, ele não existe como elemento livre, pois é muito reativo, mas na forma de fosfatos – sendo fundamental nas estruturas ósseas e dentária, além de várias outras funções metabólicas. Ou seja, trata-se de um mineral imprescindível para a vida animal”.

Por ser um dos maiores produtores e exportadores de carne do mundo, o Brasil precisa continuamente combater a deficiência de fósforo nos solos e nos alimentos básicos para a produção de rações, representando um desafio para o setor agropecuário. “Além disso, é necessário buscar alternativas sustentáveis para aumentar a disponibilidade de fósforo nos solos, como a aplicação de adubos fosfatados, a utilização de espécies de plantas que absorvam e disponibilizem mais fósforo e a adoção de práticas agrícolas que minimizem a erosão e o escoamento superficial do solo”.

Freitas ressalta que a busca por soluções sustentáveis e eficientes é fundamental para enfrentar o desafio imposto pela deficiência de fósforo nos solos e nos alimentos básicos para a produção de rações. “A adoção de práticas agrícolas adequadas e a conscientização dos produtores sobre a importância da suplementação de fósforo são medidas essenciais para garantir a qualidade e a competitividade dos produtos agropecuários brasileiros no mercado global”, avalia o executivo da Katrium.

 

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