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Campanha quer conscientizar sobre esofagite eosinofílica

Campanha quer conscientizar  sobre esofagite eosinofílica
Campanha quer conscientizar sobre esofagite eosinofílica

A esofagite eosinofílica (EoE) é uma doença autoimune rara, crônica e progressiva que acontece em decorrência de uma inflamação no esôfago (o tubo muscular que conecta a garganta ao estômago).  Apesar do aumento nos casos observado nos últimos anos, esta é uma condição pouco conhecida e de difícil diagnóstico, porém com grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Uma campanha da associação Crônicos do Dia a Dia busca conscientizar a população sobre esta doença que dificulta muito a alimentação. 

A EoE tem origem numa reação alérgica que pode ser causada por determinados alimentos ou substâncias no ambiente (como pó, mofo etc.). Está ligada a um tipo específico de processo inflamatório, a inflamação Tipo 2, que pode também originar outras reações alérgicas como a asma, dermatite atópica, rinite. Esta inflamação faz com que o esôfago diminua de largura, causando sintomas como: engasgos frequentes, dificuldade de engolir, impactação alimentar (alimento parece “entalado” na garganta), entre outros.

Aos 22 anos, Aline Mani Mazuchelli criou um perfil no Instagram (@vidacom_eoe) para conscientizar as pessoas a respeito da condição. Além disso, seu objetivo é falar sobre o próprio diagnóstico, que veio há três anos, depois de passar por seis médicos. 

A jovem acredita que sempre teve os sintomas, mas acabou acostumando-se a eles e adaptando sua forma de se alimentar – algo que é comum em muitas pessoas com EoE. Embora tenha sido um diagnóstico difícil devido ao desconhecimento sobre a condição, Aline acredita que o impacto que o tratamento correto, com medicação e dieta, teve em sua qualidade de vida foi enorme:

“Consigo comer em maiores quantidades, estou conseguindo ganhar peso, como com prazer, o que antes não acontecia por causa dos sintomas que sentia. Passar pelos engasgos foi bem traumático, desesperador. A sensação agora de sentar à mesa para comer sem medo de engasgar é muito boa.” 

Informar para conscientizar

A EoE é uma doença rara (com uma incidência estimada em 34 a cada 100 mil crianças e 42 a cada 100 mil adultos). Apesar de um crescente  número de casos, ela é pouco conhecida, o que torna o diagnóstico difícil. 

Esta demora diagnóstica causa complicações devido ao aspecto progressivo da condição. Conforme a inflamação aumenta, o esôfago passa a sofrer um estreitamento. Com o passar do tempo, o acúmulo de cicatrizações e contínua inflamação fazem este estreitamento piorar. Em casos mais graves, é necessário fazer uma dilatação endoscópica do esôfago.

Com o objetivo de trazer maior conscientização sobre esta condição, a Crônicos do Dia a Dia (CDD), em parceria com a farmacêutica Sanofi, está lançando a campanha “Tudo sobre EoE”. O objetivo dessa iniciativa é produzir materiais que informem a população sobre a Esofagite Eosinofílica. Dessa forma, a CDD atua divulgando conteúdos informativos que sejam relevantes e qualificados para pessoas que convivem com a EoE e seus familiares. 

Para a vice-presidente da CDD, Giulia Gamba, campanhas que busquem conscientizar a respeito da Esofagite Eosinofílica impactam não só o bem-estar físico, mas também o emocional. “A alimentação não é apenas uma questão fisiológica, mas social e cultural. Uma pessoa que sente medo ou ansiedade para comer perde muito em qualidade de vida. Só que muitas delas não sabem que isso não é normal, pois sempre viveram assim. Por isso é importante trazer informação, levar as pessoas a um diagnóstico e depois a um tratamento correto”, afirma Gamba. 

As informações sobre sintomas, diagnóstico e tratamento podem ser encontradas na página da campanha e no site da CDD.

Sobre a CDD

A Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD) é uma organização sem fins lucrativos que acredita no diálogo como ponte para que ninguém precise conviver com uma doença crônica sozinho. O objetivo do trabalho da CDD é apoiar todo o potencial humano para ampliar as perspectivas de vida das pessoas com condição crônica de doença, através de projetos e conteúdo, para que as pessoas não sejam definidas nem reduzidas a seus diagnósticos.

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