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Uso de inteligência artificial por empresas cresce no Brasil

Pesquisas mostram que empresas brasileiras têm recorrido mais à IA. No entanto, especialista em finanças da BGP - Bertuzzi Gestão Patrimonial avalia que alguns segmentos, como o financeiro, dependerão sempre do fator humano.

Uso de inteligência artificial por empresas cresce no Brasil
Uso de inteligência artificial por empresas cresce no Brasil

Nos dias de hoje, as tecnologias de inteligência artificial (IA) têm sido utilizadas de maneira efetiva no gerenciamento de negócios, fomentando a automação de processos. Um relatório denominado Futuro do Trabalho, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, apontou que mais de 75% das empresas participantes do estudo buscam implementar ferramentas de IA em seus negócios.

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A agência TRIWI, especializada no ramo business-to-business (expressão em inglês utilizada para designar empresas que fazem negócios com outras), realizou uma pesquisa, entre os meses de fevereiro e março deste ano, sobre o uso da ferramenta ChatGPT por empresas no Brasil. A pesquisa indicou que 54,2% das empresas que usam a ferramenta com maior frequência são do setor de serviços.

Ainda segundo a pesquisa, 45,8% dos entrevistados avaliaram que o chatbot desenvolvido pela OpenAI traz benefícios em relação à produtividade e à agilidade nas tomadas de decisão. Já 25% consideraram que o maior benefício desta ferramenta é a diminuição do tempo de trabalho empregado na execução de atividades, e 12,5% acreditam que ela reduz custos operacionais, promovendo economia de dinheiro.

“Essa ferramenta tem servido como o novo Google. As pessoas começaram a recorrer a ela para resolver a maioria das questões que envolvem textos mais elaborados e que necessitam de uma complexidade de raciocínio”, observa Vítor Bertuzzi, CFO da BGPl. No entanto, na avaliação dele, a possibilidade de uso eficaz do ChatGPT depende muito da tarefa a ser executada e do setor que a demanda.

O especialista em finanças defende que há determinados segmentos que exigem a atuação humana para a prestação de serviços de excelência. É o caso do setor financeiro. “Para operar adequadamente nesse setor dinâmico, é fundamental compreender as circunstâncias e nuances por meio de análises contextualizadas”, diz. Ele pontua que, embora o ChatGPT tenha acesso a um vasto banco de dados para embasamento, a gestão financeira de uma empresa deve considerar diferentes regras regionais, que mudam e se atualizam com frequência, “requerendo uma análise constante que vai além de um senso comum e precisa ser adaptada a cada empresa de maneira muito específica”.

Josi Bertuzzi, CEO da BGP, avalia que, no setor financeiro, a inteligência artificial não consegue, nem conseguirá, substituir o ser humano. “A área financeira de uma empresa necessitará sempre de uma pessoa de confiança e da inteligência humana para a tomada de decisões”.

“Por mais que os processos se tornem automatizados, não há como padronizar a modelagem financeira de uma empresa, por exemplo, pois o trabalho de um profissional da área é essencial para considerar os detalhes e especificidades da companhia e o cenário em que ela está inserida e transformá-los em números”, completa.

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