A combinação entre o avanço digital, a inclusão financeira e uma série de inovações tecnológicas vem transformando a maneira como os consumidores interagem com os serviços financeiros. Muito mais atentos às suas jornadas, os usuários buscam hoje decisões imediatas, ofertas personalizadas e melhores experiências digitais, características normalmente atribuídas às fintechs, que vêm ampliando ano a ano sua participação no mercado global de transações.
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De acordo com a segunda edição da Pesquisa Fintechs de Crédito Digital, feita em parceria entre a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e a PwC Brasil, R$ 12,7 bilhões foram concedidos pelas fintechs de crédito brasileiras somente em 2021. O volume é quase o dobro do registrado no ano anterior e quase cinco vezes superior ao anotado em 2019, que foi de pouco mais de R$ 2,6 bilhões.
E os bancos brasileiros, que já têm uma tradição de forte investimento em tecnologia, aceleram ainda mais a iniciativa para acompanhar os concorrentes nativos digitais. Não por acaso, a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2023, apontou que o orçamento total dos bancos brasileiros voltado à tecnologia, incluindo despesas e investimentos, deve atingir R$ 45,1 bilhões neste ano, um salto de 29% em relação ao de 2022.
Ainda segundo o levantamento da FEBRABAN, entre as prioridades dos bancos aparecem a análise e exploração dos dados obtidos via Open Finance, transformação cultural, moedas e ativos digitais, expansão de transações por meio de chatbot e o incentivo do consumidor ao compartilhamento de dados.
“O que temos visto no mercado é que os bancos de todos os portes sabem que precisam disponibilizar produtos inovadores e processos de aprovação de crédito rápidos, por meio de experiências cada vez mais satisfatórias para os clientes”, avalia Jose Luis Vargas, vice-presidente Executivo para a América Latina da Provenir, líder global em tecnologia de decisão de risco de crédito baseada em dados e IA.
No entanto, segundo ele, são vários os desafios que despontam no horizonte, principalmente no que diz respeito à atualização da tecnologia legada de decisão de risco de crédito, a eliminação de fontes de dados isoladas e a dependência de vários fornecedores.
“Para solucionar essas questões, atualmente é mandatório que todos os provedores de crédito substituam as ferramentas tradicionais, incapazes de oferecer agilidade e flexibilidade, por soluções de decisão de risco potencializadas por dados e Inteligência Artificial. Essas novas soluções possibilitam atualizações instantâneas; implementação acelerada de estratégia, o que permite desde testar e iniciar modelos até a criação e gerenciamento de fluxos de trabalho de decisão; orquestração e inclusão de dados em tempo real por meio de uma única API, além de segurança e conformidade. Tudo isso levará a decisões mais rápidas e inteligentes”, pontua Vargas.
“É importante também derrubar o mito de que mudar a tecnologia de decisão envolve um grande investimento inicial e ‘desperdício’ dos anteriores, já que o setor bancário definitivamente não pode se dar ao luxo de ficar desatualizado em um segmento que se transforma dia a dia. Além disso, a economia de custos adicionais, a partir da autossuficiência, possibilitará o lançamento de novos produtos, movimento natural para fazer frente à concorrência”, finaliza o executivo.