No mês de setembro a atenção coletiva é voltada a conscientização sobre o suicídio e a importância do cuidado com a saúde mental também é discutida. Em situações angustiantes, algumas pessoas recorrem aos próprios fios para aliviar a sensação de estresse e, ao arrancar o cabelo, podem chegar a quadros de alopecia avançados.
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As pessoas que têm esse comportamento danoso sofrem de uma condição chamada tricotilomania. Antes de arrancar os fios elas passam por uma sensação de grande tensão que engatilha o comportamento que é aliviada somente após arrancar os cabelos ou pelos.
As falhas no couro cabeludo causadas pela tricotilomania podem trazer prejuízos pessoais, sociais e até mesmo profissionais, já que a pessoa acometida com o problema desenvolve, na maioria dos casos, vergonha e constrangimento de ter sua condição descoberta.
O que é tricotilomania?
De acordo com o dicionário Priberam, a palavra vem do trico (que significa cabelo), tilo (que significa puxar) e mania (do grego, que significa ‘estado de loucura’). Assim, a tricotilomania (TTM) pode ser entendida como a compulsão a arrancar o próprio cabelo.
O médico Jon E. Grant, do Departamento de Psiquiatria e Neurociência Comportamental da Universidade de Chicago, explica: “A tricotilomania é uma desordem mental que está contida no Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais no capítulo relacionado a transtornos obsessivos compulsivos (TOC) e na Classificação Internacional de Doenças (CID F633)”.
O couro cabeludo é a área mais atingida, mas qualquer região com pelos pode ser afetada, como cílios e sobrancelhas. Segundo estudos, ainda não se sabe qual a origem da necessidade compulsiva de arrancar os pelos. Há diferentes teorias para justificar o comportamento, que pode ser oriundo de fatores genéticos, sociais e biológicos, ou também a soma de diversos fatores.
Quem é afetado?
A tricotilomania pode ser vista em todas as faixas etárias, mas é predominante em pessoas do sexo feminino. O transtorno pode ser visto em cerca de 1 a 3% das pessoas, mas acomete principalmente as mulheres em aproximadamente 80 a 90% dos casos.
A idade média do início do distúrbio acontece ainda na infância, um pouco antes e após a adolescência, que varia de 09 a 13 anos, segundo estudos.
Quais são os tratamentos disponíveis?
A tricotilomania é um problema psicológico, portanto, somente com o auxílio conjunto de profissionais do ramo da psiquiatria e psicologia é possível tratá-la.
A psicóloga Katia Galhardo comenta sobre o tema “O uso de medicamentos para combater a ansiedade e depressão são receitados por médicos, mas é essencial realizar acompanhamento com o terapeuta, com destaque para profissionais que atuam na linha da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)”.
A psicóloga completa: “A terapia comportamental atuará em três frentes: na conscientização do problema e os gatilhos que o desencadeiam; no controle de estímulos, para evitar o início do episódio; no treinamento de respostas, para o paciente aprender um novo comportamento frente ao desejo de arrancar os fios”.
Como tratar a calvície?
Os tratamentos para queda capilar não auxiliam a combater a causa da tricotilomania, já que é um distúrbio psiquiátrico, mas podem desempenhar um papel importante no combate ao principal sintoma: a calvície.
Os tratamentos podem incluir medicamentos, tônicos, shampoos de fortalecimento do folículo piloso, fotobioestimulação – conhecida como LEDterapia –, microagulhamento, entre outras tratativas.
O angiologista Álvaro Pereira, médico e consultor técnico da Capellux, explica como a LEDterapia pode auxiliar neste caso: “A LEDterapia é segura, indolor, não invasiva, certificada pela Anvisa e aprovada como protocolo contra a queda capilar pelos dermatologistas. Com o auxílio de profissionais para combater a causa da tricotilomania, o paciente consegue tratar a calvície e resgatar a qualidade de vida”.