Segundo análise da Markets and Markets mercado MSSPs (Managed Security Services Providers, Provedores de Serviços Gerenciados de Segurança) e ISPs (Internet Services Providers, Provedores de Serviços de Internet) pulará da casa dos US$ 30 bilhões para US$ 46,4 bilhões até 2025.
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De acordo com o estudo, esse crescimento está totalmente ligado ao crescente número de empresas SMB (Small and Medium Business) que têm optado por contratar segurança como serviço junto a MSSPs. A análise destaca, ainda, que como o desafio final para a grande maioria das SMB é equacionar a matemática dos investimentos em cybersecurity, além de estimar projeções de médio e longo prazo e pensar no custo total de propriedade, do inglês TCO (Total Cost of Ownership, Custo Total de Propriedade), as pequenas e médias empresas buscam cada vez mais os MSSPs que contam com profissionais com muitas horas de treinamento e sólido conhecimento sobre diversos tipos de tecnologias de segurança.
Segundo o Mapa de Empresas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil contava, em junho de 2023, com mais de 21 milhões de empresas ativas (21.241.322). Desse total, 93,7% (19.913.545) são micro e pequenas empresas. Este universo gigantesco está em plena expansão: segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico , somente no setor do agronegócio brasileiro, o crescimento em 2022 chegou a 16,7%. O mundo SMB está cada vez mais digitalizado. Ainda assim, as vulnerabilidades são muitas e as perdas, também.
Relatório de 2023 do instituto de pesquisas Digital – análise baseada em entrevistas com 1.250 líderes de organizações SMB norte-americanas – revela que 51% deste grupo não contava nem com políticas nem com soluções de cybersecurity. O resultado desse tipo de abordagem é claro. Estudo do FBI’s Internet Crime Complaint Center de 2021 indica que este segmento era o maior alvo das gangues digitais, sofrendo prejuízos de até US$ 6,9 bilhões. Isso vai do sequestro do portal B2C ou B2B da empresa à perda de dados pessoais de clientes, fornecedores e colaboradores, passando por violações que se iniciam no mundo SMB e avançam, a partir do roubo de credenciais, aos sistemas de gigantes globais para quem as pequenas organizações trabalham.
Dennis Godoy, Business Development Manager da Hillstone Brasil, conta que outro ponto que torna os MSSPs e ISPs atraentes para as pequenas e médias empresas é a economia de custo que eles oferecem. “A empresa usuária deixa de imobilizar capital em suas próprias soluções de segurança (CAPEX), pulverizando os gastos por meio de um contrato em forma de serviços mensalizados (OPEX)”, explica Godoy.
O executivo traz à memória uma pesquisa do IDC realizada por encomenda da IBM que informa que empresas que aderirem ao modelo MSSP podem reduzir seus custos com cybersecurity em até 25%. “Esse valor evidencia várias despesas que deixam de ser feitas: aquisição de tecnologias, atualizações e serviços oferecidos pelos fornecedores de segurança e gastos com serviços de suporte. Esse contexto tem sido uma das alavancas da crescente contratação de segurança como serviço junto a MSSPs e ISPs”, ressalta Godoy.
Para o Dennis Godoy, os processos cada vez mais digitalizados exigem que as SMB estejam alinhadas à postura de segurança de seus clientes, sejam pessoas ou corporações. “Para conquistar a maturidade do segmento SMB em relação à segurança digital, o relatório da consultoria inglesa Analysys Mason de dezembro de 2021, estima que os gastos deste segmento com soluções e serviços de cybersecurity devam passar de US$ 57 bilhões em 2020 para US$ 90 bilhões até 2025″, esclarece Godoy.