O início de 2023 foi marcado por anúncios de prejuízos milionários nos resultados financeiros de operadoras de saúde, o que deve impactar os custos das empresas que oferecem o benefício a seus colaboradores. As contratações de planos de saúde por empresas representam hoje mais de 70% do mercado brasileiro. O impacto sobre os contratos é esperado porque os reajustes nos planos empresariais são de livre negociação, sem um teto definido.
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De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o custo dos planos de saúde aumentou em R$ 8 bilhões em 2022, em comparação ao mesmo período de 2021, enquanto as receitas se mantiveram no mesmo patamar do ano anterior. Isso resultou em um aumento da taxa de sinistralidade – relação entre gastos e receita – das operadoras de planos de saúde de 85,8% para 89,3%, um número que se torna cada vez mais preocupante, considerando que o índice ideal seria abaixo de 75%.
Outro fator que agrava a situação do custo com saúde é o desperdício causado pelo não aproveitamento dos dados das consultas e exames de admissão e periódicos, pelo uso excessivo do sistema de saúde, pelo absenteísmo por falta de cuidado, pelos afastamentos que geram uma contribuição maior no Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e, consequentemente, um recolhimento muito maior de impostos sobre a folha de pagamento.
André Machado, CEO da AsQ, especializada em saúde para empresas, diz que diante desse cenário é urgente que as empresas se atentem para a necessidade de atuar na promoção da saúde e na redução do desperdício financeiro em saúde, evitando um aumento excessivo nos custos com a saúde em 2023. “As empresas precisam adotar medidas que promovam mais saúde para as pessoas e reduzam o custo e o desperdício financeiro em saúde, sobretudo porque o número de pessoas que dependem dos planos de saúde empresariais é significativo no Brasil”, diz o CEO.
Texto originalmente publicado em: https://medicinasa.com.br/prejuizos-planos-saude/#:~:text=Em%20uma%20das%20empresas%20do,R%24%2011%20bilh%C3%B5es%20na%20Bolsa