A Provenir, especializada em tecnologia de decisão de risco de crédito baseada em dados e IA, projeta quintuplicar sua presença no Brasil até o próximo ano, aprimorando os processos das instituições financeiras e, consequentemente, oferecendo uma visibilidade inédita para tomadores de crédito em potencial. De acordo com dados da empresa, a demanda local por análise de risco de crédito mais eficiente ocorre na esteira da inclusão financeira e da adoção de novas tecnologias e tem potencial para transformar o país no responsável por 50% de sua operação na América Latina.
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Segundo Jose Luis Vargas, vice-presidente Executivo para a América Latina da Provenir, o mercado brasileiro está maduro e vive um momento histórico de renovação tecnológica, impulsionado pelo aumento da bancarização entre a população e pelo avanço da Inteligência Artificial. Dados da pesquisa Cidadania Financeira, elaborada pela Global Findex e divulgada pelo Banco Central em fevereiro, apontam que o acesso e uso de serviços financeiros pelos brasileiros aumentou 14% desde 2017.
“No entanto, vemos que o cenário atual traz grandes desafios para as provedoras de crédito, uma vez que elas precisam atravessar um contexto de crescente inadimplência e ainda enfrentar os juros mais altos do mundo para explorar as oportunidades do setor”, afirma Vargas. Desta forma, pontua ele, a busca por soluções capazes de oferecer uma tomada de decisão automatizada, em tempo real e com análises avançadas tende a ser cada vez maior.
Do lado dos bancos, de acordo com o especialista, a renovação dos sistemas legados e dos servidores locais são barreiras que ainda precisam ser transpostas, com as tecnologias disponíveis em nuvem ganhando tração, ainda que com alguma desconfiança em relação à segurança e à proteção dos dados dos clientes.
Na visão do executivo, em meio ao aumento da digitalização que vem ocorrendo no país, as tradicionais notas de crédito se tornaram ineficientes para atender a demanda por recursos financeiros prementes, já que trazem pouca visibilidade sobre o comportamento financeiro real dos consumidores.
“O desafio está em conseguir alcançar essas pessoas, ter informações e dados alternativos para poder incluí-las no mercado. Para isso, é preciso tornar a análise de risco de crédito mais detalhada, indo além da faixa etária ou classe econômica. Essa diversidade de dados já existe e pode ser acessada de forma simples e com baixo custo”, completa.
“A tecnologia é uma importante aliada não só para encontrar esses novos consumidores, mas também para cativá-los. É preciso ter em mente que a grande maioria deles são jovens. Essa população não está interessada em processos analógicos. Eles querem usar todos os serviços, desde que seja diretamente de seus telefones”, finaliza Vargas.