O ambiente de trabalho e a forma de tratamento de chefes e lideranças representam um impacto de 69% na saúde mental de seus funcionários. É o que revela um estudo realizado pela The Workforce Institute UK com 3,4 mil pessoas em dez países. De acordo com a mesma pesquisa, este percentual é o mesmo verificado no impacto mental de parceiros ou outras pessoas de convivência próxima.
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No cenário nacional, um estudo do Zenklub sobre saúde mental e bem-estar do trabalhador brasileiro, que entrevistou mais de 600 mil clientes e usuários, indicou que 32% das pessoas possuem sintomas moderados e moderados/graves de ansiedade e 36% das têm sintomas moderados e moderados/graves de depressão.
“Uma liderança positiva, um ambiente de trabalho saudável, expectativas claras, reconhecimento adequado, comunicação eficaz e prevenção de orientação são alguns dos elementos-chave que podem contribuir para uma melhor saúde mental em qualquer tipo de organização”, afirma Claudio Zanutim, professor, palestrantes e Founder da IC Educ.
Atitudes que causam impacto
A forma como um líder trata seu funcionário pode gerar consequências positivas ou negativas. “Líderes que são positivos, encorajadores e apoiam o bem-estar geral dos colaboradores, que demonstram empatia, ouvem ativamente e fornecem apoio emocional aos times podem ajudá-los a se sentirem valorizados e apoiados, o que pode melhorar sua saúde mental”, explica o palestrante.
Prof. Zanutim acredita que é dever das lideranças promover um ambiente de trabalho saudável, inclusivo e respeitoso e que isso pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade das pessoas que fazem parte de seus times.
De acordo com a pesquisa “Saúde Emocional e Carreira” realizada pela área de Educação in Company do Administradores Premium, apenas 15,3% dos profissionais consideram seus ambientes de trabalho como lugares ideais para sua saúde mental.
“Uma dica que sempre dou: alinhe as expectativas e as deixe claras e realistas. Metas realistas, atingíveis e temporais podem evitar a sobrecarga de trabalho e a sensação de sobrecarga, o que pode ter um impacto positivo na saúde mental dos colaboradores”, conta.
Desenvolvimento de liderança
Assim como é possível desenvolver aspectos técnicos de uma profissão, qualidades de relacionamentos interpessoais podem ser trabalhadas e evoluídas. Há cursos e workshops disponíveis, seja de forma presencial ou online.
“Todo e qualquer pessoa que está como líder em uma organização, independentemente de seu cargo ou função na caixinha do organograma, terá que partir de uma premissa básica: são as pessoas que fazem os resultados acontecerem e não o contrário. Logo, se um líder não gosta de gente, ele não gosta de negócios”, indica Prof. Zanutim.
Reconhecer e valorizar o trabalho dos colaboradores, ter uma comunicação eficaz, aberta e transparente, e promover um ambiente de trabalho livre de assédio, discriminação e intimidação e aplicar a empatia no dia a dia são mais fatores que contribuem para uma vida corporativa mais saudável mentalmente.
“A empatia, quando aplicada à liderança, significa a capacidade de um líder compreender e se conectar emocionalmente com os sentimentos, experiências e perspectivas dos colaboradores ou membros do time. E isto faz diferença na rotina diária”, conclui.
Para saber mais, basta acessar: www.claudiozanutim.com.br