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Biodiesel terá lei para estabelecer plano decenal de produção

Proposta permitirá planejamento de longo prazo para a produção do biocombustível e será apresentada pelo deputado Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio)

Biodiesel terá lei para estabelecer plano decenal de produção
Biodiesel terá lei para estabelecer plano decenal de produção

A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) do Congresso Nacional prepara proposta legislativa para estabelecer as bases de um plano decenal para o biodiesel. O tema será discutido com o Executivo. O objetivo é possibilitar maior prazo para definir planejamento, estratégias e também a produção e a expansão do biodiesel no país. Esse projeto encontra respaldo em recente decisão do governo, que, na semana passada, restabeleceu o cronograma para elevar gradualmente a mistura do biodiesel ao óleo diesel – dos 10% atuais, o teor será elevado anualmente para até 15% a partir de abril de 2026 -, o que tem por objetivo impulsionar a produção e o uso do biodiesel.

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O autor da proposta do plano decenal é o presidente da frente parlamentar, deputado Alceu Moreira (MDB-RS). A FPBio é formada por 220 deputados e senadores. Após articulações conduzidas pela FPBio e com apoio do setor do biodiesel , o governo restabeleceu o cronograma para elevar o teor de mistura. “Isso assegura previbilidade e segurança jurídica para o setor, e com a lei do plano decenal vamos aprimorar ainda mais as bases para a expansão sustentável do biodiesel”, segundo Moreira.

“Uma planta industrial de biodiesel é um projeto complexo. E depois de ser implantado, não pode ficar sob risco de um novo governo decidir mudar o rumo da política. Hoje, o setor está com ociosidade acima de 50%, o que não é justo. Investidores, empresários e agricultores familiares acreditaram no programa do biodiesel e precisam de absoluta segurança jurídica e previsibilidade para administrar e planejar seu negócio e o plano decenal atende a essa situação, pois será uma política de Estado e não de governo”, disse Moreira, ao tomar posse na Presidência da FPBio, na tarde desta 4ª feira (22/3), na Câmara dos Deputados.

A cerimônia foi prestigiada por mais de 40 parlamentares federais, além de representantes do alto escalão do governo federal, empresários e integrantes de organizações da agricultura familiar.

FPBio quer financiamento para desenvolver tecnologias ligadas ao biodiesel

O presidente da frente também disse que a FPBio vai interceder junto ao governo e a outros agentes para criar linhas de financiamento para a área de engenharia mecânica. Um dos objetivos, declarou, é capacitar profissionais e empresas brasileiras a produzirem motores e equipamentos que funcionem com 100% de biodiesel. Outra ação será firmar acordo com a Embrapa para financiar e desenvolver culturas que possam ser utilizadas na matriz de produção de biodiesel. Isso irá abrir espaço para expandir a produção para mais localidades, como a região Nordeste.

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, representou o ministro Alexandre Silveira na posse. O MME, disse, tem missões a cumprir, entre elas, a de reduzir a dependência externa de combustíveis por meio da autossuficiência na produção, com maior utilização de biocombustíveis, como o biodiesel. “A cada 1 ponto percentual a mais de biodiesel (misturado ao óleo diesel), nós reduzimos a dependência externa de importação de diesel em 600 milhões de litros”, afirmou Mendes. Segundo ele, com mais biocombustível, será possível minimizar as emissões de gases de efeito estufa e combater os problemas de saúde pública causados pelos combustíveis fósseis.

Biodiesel reconhecido como agente central de políticas públicas

Alceu Moreira celebra que após a atuação política dos parlamentares da FPBio e do próprio setor do biodiesel, avança no governo a compreensão de que esse produto é mais do que um combustível limpo. Ele diz que o biodiesel passa a ser encarado como figura central de políticas públicas que podem multiplicar benefícios socioambientais e econômicos no país.

“O óleo para produzir esse biocombustível nasce na lavoura de soja e acaba na prateleira do supermercado, porque incentiva e barateia a produção de proteína animal. Durante todo esse processo, milhares de trabalhadores são empregados, muitas plantas industriais e agricultores familiares são mobilizados. Seu maior uso minimiza a poluição. Portanto, o biodiesel é um produto absolutamente social, econômico e ambiental em termos de geração de benefícios para os brasileiros”, completou.

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