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Hotelaria de Brasília projeta 100% de ocupação na posse presidencial

Nem mesmo em flats há muita oferta disponível e o aquecimento tem motivado, inclusive, aumento nos preços do aluguel para os residentes, segundo o Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Brasília (Sindhobar)

A menos de dez dias da cerimônia de posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a hotelaria local, composta por 182 empreendimentos, comemora índices de ocupação recorde para o período.

O Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares-SINDHOBAR estima que na virada do ano, por conta da posse presidencial, cerca de 90% dos leitos hoteleiros da capital fiquem ocupados.

Nas três maiores redes de hotéis de luxo não há mais vagas entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, segundo a entidade. Em empreendimentos como o B Hotel, por exemplo, já não há disponibilidade de apartamentos há cerca de um mês, segundo o diretor geral, Alfredo Stefani.

“Eventos dessa natureza reúnem muitos chefes de Estado. Isso, por si só, gera um movimento muito grande nos hotéis”, explica Jael Antônio da Silva, presidente do SINDHOBAR.

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A demanda antecipada também foi destacada pelo metabuscador Kayak, que no período de 31 de outubro a 28 de novembro já registrava alta de 646% na procura por hotéis em Brasília, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Nem mesmo em flats há muita oferta disponível e o aquecimento tem motivado, inclusive, aumento nos preços do aluguel para os residentes, segundo o SINDHOBAR.

Outros dois setores que vão lucrar com a oficialização da transição de governo é o de bares restaurantes e o de eventos, ancorado pela programação do Festival do Futuro – também chamado de Lulapalooza – que será aberto ao público e contará com a apresentação de cerca de 20 shows no dia 1º de janeiro, a partir das 12h, na Esplanada dos Ministérios, além de outras tantas festas paralelas, conforme indica o Convention Bureau da cidade.

Acostumado a receber delegações e chefes de estado mundiais – e a posse de Lula tem pelo menos 17 com presença confirmada representando Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Espanha (com a presença do rei Felipe VI), Guiana, Guiné-Bissau, Paraguai, Portugal, Suriname, Timor Leste, Uruguai e Zimbábue – o B Hotel aposta na visibilidade do evento deste ano como ponto de viragem na percepção do potencial da capital federal  como destino atrativo, muito além da sua aura política. “Brasília é uma cidade muito rica em termos arquitetônicos e urbanísticos e passa por um cenário cultural bastante interessante”, ressalta o diretor geral do B Hotel, Alfredo Stefani, que se juntou ao Laboratório de Turismo em um projeto para o lançamento de um mapa da cidade com algumas variantes auxiliares no processo de trabalhar a divulgação de Brasília como destino turístico.

Pesquisa recente da Decolar revela que depois de São Paulo e Rio de Janeiro, Brasília é a terceira capital do país mais procurada por estrangeiros durante as férias de julho. Entre as nacionalidades, a pesquisa aponta ingleses, argentinos e portugueses. O fluxo é favorecido pela estrutura do aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek – o terceiro maior do Brasil em número de passageiros transportados e o primeiro da América do Sul a operar com pistas simultâneas.

Mas enquanto Washington, que é a capital federal dos Estados Unidos, bate recordes ao receber mais de 24 milhões de turistas por ano, Brasília recebe pouco mais de 83 mil, que geraram para a hotelaria local receita de R$298,6 milhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). Antes da pandemia (2019), o turista que se hospedou em Brasília gastou, em média, R$298,34 por diária.

Com o objetivo de reverter essa realidade, o mapa cultural e de lazer da cidade deve ser lançado ainda no primeiro trimestre de 2023 pelo B Hotel em parceria com o Laboratório de Turismo.

 DINO

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