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Como funcionam as terapias injetáveis na estética?

Especialista explica as aplicações da “soroterapia” no setor de beleza

Como funcionam as terapias injetáveis na estética?
Como funcionam as terapias injetáveis na estética?

O Brasil possui o terceiro maior mercado de estética no mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos e da China, segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). No primeiro semestre deste ano, as vendas do setor de beleza e higiene pessoal cresceram 10%, ainda de acordo com a associação. O interesse do país neste mercado dinâmico abre espaço para a entrada de novas técnicas, já comuns em outros países, como é o caso das terapias injetáveis.

As terapias injetáveis consistem em injeções intramusculares e soro nutricional por via endovenosa. Cada terapia é prescrita individualmente, de acordo com a necessidade do paciente. Podem ser inseridos no soro, por exemplo, nutrientes, vitaminas e aminoácidos.

O Manual MSD, que publica as práticas e informações médicas nos Estados Unidos, onde as terapias injetáveis são mais conhecidas, afirma que a fórmula mais popularizada é o coquetel de Myers, que constitui-se de altas doses de vitaminas do complexo B, vitamina C e minerais (magnésio e cálcio) misturados com água estéril.

No setor de estética e beleza, a prática é conhecida como soroterapia ou “soro da beleza”. Isso porque a deficiência nutricional pode ter efeitos não só na saúde como também no aspecto da pele, das unhas e cabelos. A ideia é que repor as substâncias que faltam ao corpo, de maneira rápida, possa ter impactos na aparência exterior e, portanto, no que se entende por beleza.

“Essas aplicações são usadas devido ao volume de ativos. Há ativos que o volume chega a 10 ml. São ativadores metabólicos que num sistema de redução de medidas global precisam ser injetados via intramuscular”, afirma Ednaldo Rodrigues Bacelar, farmacêutico. Pós-graduado em estética, clínica e cosmetologia, ele explica que, geralmente, os protocolos das terapias injetáveis são de 10 semanas e, por isso, o paciente “pode optar por fazer um soro na veia para aliviar o incômodo das aplicações intramusculares”.

Dos ativos que podem ser administrados nas terapias injetáveis são exemplos a vitamina C, o ácido alfa-lipóico, o antioxidante glutationa, o alfa-GPC e o suplemento L-carnitina. Já  entre as possibilidades de aplicação, o farmacêutico cita a reposição de vitaminas e minerais para controle da queda capilar e o uso do recurso terapêutico para tratar patologias médicas, como na doença de Alzheimer, artrite e fibromialgia.

As injeções também podem ser recomendadas para aqueles que, por alguma doença, não conseguem ingerir determinadas substâncias via oral e/ou absorvê-las pelo intestino.

Entre os profissionais adeptos da prática, apregoa-se como vantagem a rápida assimilação no corpo. “Os resultados são sentidos muito rápido, pois não há competição na absorção”, diz Bacelar. Ele acredita que, no futuro, haverá clínicas especializadas em injetáveis com “cardápios” de injeções voltadas para “beleza, detox, protetores hepáticos, fadiga mitocondrial” à escolha do cliente.

No Brasil, diferente de outros países, o procedimento deve ser feito com indicação de profissional habilitado ou supervisão médica, após exames que atestem a deficiência nutricional no organismo do paciente. Todo procedimento injetável deve ser orientado e executado por profissional habilitado.

 DINO Agência de Notícias Corporativas

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