O número de pessoas trabalhando de forma remota vem crescendo a cada ano, desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020. De acordo com um levantamento realizado pela empresa de benefícios corporativos e soluções para RH Caju, o número de profissionais que recebem auxílio home office cresceu 169% no Brasil, entre novembro de 2021 e novembro de 2022. Segundo o estudo, a quantidade de pessoas recebendo o benefício saltou de 13 mil para 35 mil.
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Com isso, a liderança remota tem sido cada vez mais recorrente dentro da prática do home office no país e, ao mesmo tempo, um grande desafio no pós-pandemia. Para o Founder da Ic Educ e Palestrante, Claudio Zanutim, o papel principal da liderança é ensinar e inspirar as pessoas para que elas alcancem os resultados e o sucesso que são significativos para elas, colocando gente certa no lugar certo e fazendo o trabalho de forma correta e efetiva.
“Com o trabalho remoto, a forma, a comunicação e o cuidado com os times ganharam mais significância e importância e outras competências dos líderes tiveram e tem que ser desenvolvidas e trabalhadas”, salienta.
Segundo Zanutim, esse cenário de pandemia e das pessoas terem que trabalhar de casa foi realmente muito desafiador para as lideranças, visto que muitos optaram por uma vida sem trânsito e com menos estresse.
O Founder da Ic Educ ressalta que atualmente é necessário considerar os impactos sociais, emocionais e culturais do pós-pandemia. “Não podemos, como líderes, negligenciar o poder e as grandes proporções impactantes que a pandemia deixou”, diz. “Afinal, antes não tínhamos experiência em liderar em uma pandemia, agora, não temos experiência em liderar em pós-pandemia. Estamos todos aprendendo juntos”, disse, acrescentando que este é um tempo de cocriação e colaboração.
Zanutim cita que outro ponto importante é o trabalho híbrido, onde neste caso o líder tem que ser participativo, presente e trabalhar a boa comunicação de forma muito profunda e extremamente assertiva. “Além do mais deve manter os alinhamentos versus autonomia e responsabilidades”, pontua. “Também é preciso saber escolher o time certo, pois muitas pessoas não sabem trabalhar de forma totalmente distribuída, comprometendo prazos de entregas, relacionamentos com os outros integrantes do time e no desenvolvimento pessoal”, afirma.
Alguns métodos para que esse trabalho remoto aconteça de forma eficiente e que mantenha os colaboradores engajados, segundo Zanutim, é promover encontros mensais, criar conexões através de eventos sociais virtuais e cafés virtuais. “Promover uma conexão interpessoal que tem o poder de alimentar a amizade e manter a cultura da equipe, mesmo a distância”, destaca.