Entre os dias 18 e 26 de fevereiro, a cidade do Rio de Janeiro (RJ) sedia o Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul e único da ATP (Associação de Tenistas Profissionais) no Brasil. O evento chega a sua nona edição em 2023 e reúne nomes como Carlos Alcaraz, o número dois do mundo, Cameron Norrie, Lorenzo Musetti, Diego Schwartzman e Dominic Thiem, comandando a lista do ATP 500 carioca.
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O Rio Open chama a atenção dos brasileiros para o esporte que possui cerca de 2 milhões de praticantes, 370 torneios por ano e 33.675 jogadores registrados na CBT (Confederação Brasileira de Tênis), conforme dados da entidade. Segundo a CBT, o tênis está entre os dez esportes mais praticados e disseminados no país, figurando como a 4ª modalidade no quesito “esporte favorito”, com base em informações de uma pesquisa da Deloitte.
Com uma adesão cada vez maior, também aumentam as dúvidas com relação às principais lesões que podem ser sofridas por atletas de tênis e seus respectivos tratamentos. Segundo o Dr Marco Aurélio S. Neves, ortopedista especialista em cirurgia do quadril e joelho, as regiões do quadril e dos joelhos são mais suscetíveis a lesões em atletas de tênis.
“A demanda de alta potência dos saques e de velocidade em quadra, os movimentos de extrema amplitude e a aterrissagem dos saltos são alguns fatores que acarretam a sobrecarga da rotação do quadril, as entorses no tornozelo e as torções do joelho – afetando especialmente o ligamento cruzado anterior e o menisco”, explica.
Segundo o Dr. Neves, em alguns casos, as lesões de quadril podem ser tratadas com fisioterapia. No entanto, quando há um desgaste irreversível do quadril, pode ser necessário fazer uma artroplastia do quadril, procedimento cirúrgico que consiste na substituição da cabeça femoral e do acetábulo por uma prótese.
“Já as lesões no joelho, por sua vez, podem ser tratadas com o uso de medicações analgésicas e antiinflamatórias, repouso e aplicação de compressa de gelo”, explica. Segundo o médico, também podem ser recomendadas sessões de fisioterapia para fortalecimento dos músculos do joelho, controle da dor e edema, correção biomecânica e estabilidade de movimentos e prevenção de futuras lesões.
Como as cirurgias são feitas?
O especialista conta que na cirurgia de prótese de quadril é trocado o quadril doente ou danificado por um implante que consiste em uma haste femoral com uma cabeça (esfera) e uma taça de encaixe (concha acetabular e revestimento).
“O procedimento é indicado quando há um quadro de dor intensa que impede o trabalho e as atividades cotidianas, quando a dor não pode ser controlada por medicamentos anti-inflamatórios e quando há uma rigidez significativa do quadril e comprometimento global da qualidade de vida”, esclarece.
Segundo o Dr. Marco Aurélio S. Neves, o tempo de recuperação após a cirurgia depende de cada caso, mas pode levar de seis meses a um ano: “É essencial fazer fisioterapia”.
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