As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte no Brasil, responsáveis por aproximadamente 400 mil óbitos por ano, segundo dados recentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), repercutidos pela Agência Brasil.
A cada 90 segundos, um indivíduo vem a óbito por conta de doença cardiovascular no Brasil, cerca de 46 óbitos por hora, ainda de acordo com a publicação, que destaca que 80% desses casos seriam evitáveis com a realização de exames preventivos e o tratamento adequado de fatores de risco.
A Dra. Fernanda Pimenta, cardiologista que atua em Brasília (DF) no tratamento de doenças do coração, chama a atenção para a importância do check-up cardiológico: “Muitos dos fatores de risco para doenças cardiovasculares estão relacionados a condições que não são tratadas devidamente, como hipertensão, diabetes, dislipidemia e obesidade”.
Diante disso, para a médica, o check-up cardiológico se mostra essencial, já que permite identificar e tratar essas condições precocemente, minimizando seus efeitos negativos na saúde do coração. “Isso porque muitas dessas doenças são silenciosas e só manifestam sintomas em estágios avançados, quando os danos ao coração já são significativos”, explica.
Para se ter uma ideia, hoje o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta mais de R$1 bilhão por ano no país com procedimentos cardiovasculares, conforme dados do balanço “Estatísticas Cardiovasculares 2023”, documento publicado pela ABC Cardiol, periódico da SBC. O levantamento destaca que a Doença Arterial Coronariana (DAC) ocupa o primeiro lugar no ranking das doenças mais fatais no Brasil, seguida do Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Quais são os fatores de risco?
O check-up cardiológico é recomendado para todas as pessoas, mas alguns grupos devem ter atenção redobrada, como pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas e portadores de doenças crônicas como hipertensão, diabetes ou colesterol alto.
A seguir, Pimenta destaca os principais fatores que tornam o check-up cardiológico indispensável:
- Histórico familiar de doenças cardíacas;
- Má qualidade de vida, incluindo alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool;
- Obesidade, hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia mal controlados;
- Uso abusivo de hormônios esteroidais;
- Doenças cardíacas estruturais.
Quais exames fazem parte do check-up cardiológico?
O check-up é personalizado de acordo com o histórico e as necessidades de cada paciente. No entanto, a médica explica que a maioria dos pacientes se beneficia dos seguintes exames:
- Ecocardiograma: avalia a estrutura e o funcionamento do coração;
- Doppler de carótidas e vertebrais: verifica a circulação sanguínea nas artérias;
- Holter e MAPA: monitoram a pressão arterial e o ritmo cardíaco ao longo do tempo;
- Teste ergométrico: analisa a resposta do coração ao esforço físico;
- Exames laboratoriais: avaliam colesterol, glicemia e outros marcadores.
Em casos específicos, exames como cintilografia, tomografia, ressonância magnética ou cateterismo podem ser necessários.
Sinais de alerta: quando procurar um cardiologista?
A médica cardiologista alerta que alguns sintomas exigem avaliação cardiológica imediata, como dor torácica e palpitações (sensação de batimentos cardíacos acelerados ou irregulares). “Também é importante prestar atenção a sinais como dispneia (falta de ar) e edema de membros inferiores (inchaço nas pernas e pés)”, recomenda.
Prevenção é a melhor escolha
Para concluir, Pimenta ressalta que o check-up cardiológico é uma iniciativa para garantir uma vida mais saudável a longo prazo.
“O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir os riscos e evitar complicações graves”, afirma a cardiologista. “Se você se enquadra em algum dos grupos de risco ou apresenta sintomas preocupantes, não hesite em procurar um especialista, pois a saúde do coração merece atenção”, destaca.
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