Mobilidade, conveniência e bem-estar são algumas das palavras-chaves do varejo e, cada vez mais, os empreendimentos focam nisso para atrair mais clientes. Prova do movimento são os life centers, espaços de compras, moradia, entretenimento, saúde, educação e negócios, que têm ganhado cada vez mais espaço no Brasil.
Os strip malls, também conhecidos como centros de proximidade, são precursores dos life centers. Eles reúnem diversas facilidades e serviços em bairros residenciais e no sentido going-home do consumidor.
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Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), cada strip mall recebe, pelo menos, 23.627 visitas mensalmente. Seu sucesso cada vez maior no Brasil acontece pela localização e estratégia para evitar aglomerações. Para lojistas, por outro lado, o modelo traz mais economia na comparação com shopping centers.
“O conceito de life center tem ganhado muita força no Brasil e já temos empreendimentos de sucesso nesta linha”, explica Marcos Saad, sócio-fundador da MEC Malls, empresa que faz a concepção e gestão de strip malls.
“Um exemplo é o empreendimento Villa Multimall, localizado na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, em São Paulo”, diz. “O espaço reúne escola, cinema, restaurantes, academia, torres residenciais e diversos serviços para que o consumidor não precise se deslocar para nada. É uma forte tendência”, completa.
O empreendimento em questão é composto por cerca de 10 mil m2 de construção e 400 vagas de estacionamento.
A chegada de mega empreendimentos voltados a compras, saúde, serviços, lazer e corporativo responde a uma necessidade de mudança, iniciada há alguns anos. Hoje em dia, não gastar horas no trânsito com deslocamento é qualidade de vida e um complexo do tipo consegue entregar isso.
“Após a pandemia, o conceito de 15 minutos foi reafirmado. Não faz sentido gastar horas para resolver pendências, se exercitar, fazer refeições e ir ao trabalho. Tudo precisa estar interligado”, completa Marcos Saad, que também preside a Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls).
O modelo de negócio, que explora ambientes ao ar livre e praças verdes, beneficia tanto o consumidor quanto o lojista, que gasta menos com condomínio e Capex na comparação com shopping centers tradicionais.
“Não podemos negar que os life centers, originários dos Estados Unidos, só têm a somar à rotina dos consumidores e trazer vantagens ao empreendedor”, explica Saad. “Para os próximos anos, a previsão é de ainda mais empreendimentos do gênero”, conclui.