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Ações de conscientização marcam o mês do Dia da Obesidade

A campanha visa elevar o conhecimento da sociedade sobre as complexidades da obesidade - doença crônica que afeta mais de 26% da população brasileira, além de alertar para a importância da luta contra a gordofobia e conscientização acerca dos direitos das pessoas gordas.

Ações de conscientização marcam o mês do Dia da Obesidade
Ações de conscientização marcam o mês do Dia da Obesidade

No mês do Dia Mundial da Obesidade, a associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), chama atenção para a luta contra a gordofobia através da campanha “Menos Gordofobia Mais Dignidade”. A iniciativa visa levar informação, desmistificar tabus e garantir o acesso a tratamentos efetivos e diretos para as pessoas gordas.

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A obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. Possui origem multifatorial que afeta diferentes dimensões da vida da pessoa que convive com a condição: biológica, social, cultural, comportamental, de saúde pública e política.

Em todo o mundo, a prevalência da Obesidade triplicou desde 1975, mais de 650 milhões de pessoas no mundo têm obesidade. No Brasil, 26,8% da população adulta é obesa e 60,3% dos adultos apresentam excesso de peso – representando 96 milhões de brasileiros.

A obesidade é geralmente avaliada usando o índice de massa corporal, de acordo com o órgão regulador norte-americano, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O IMC leva em consideração a razão entre a massa (peso) de uma pessoa e o quadrado da sua altura, sendo a massa em quilogramas (kg) e a altura em metros (m). Embora o IMC seja amplamente utilizado para avaliar e classificar a obesidade, especialistas argumentam que o uso exclusivo para identificar complicações relacionadas ao excesso de peso é limitado.

Segundo a Abeso, 85,3% das pessoas com obesidade no Brasil já passaram por situações de gordofobia e 60,4% desses casos acontecem em consulta médica. Quanto maior o grau de obesidade, mais comuns são os ataques gordofóbicos, 98,15% das pessoas com grau III de obesidade – IMC acima de 40, já sofreram algum tipo de constrangimento devido a sua condição.

“Quando temos obesidade uma das coisas que mais ouvimos é o termo, ‘é só’ – ‘é só emagrecer, é só se esforçar, é só’. Parece que ninguém compreende o tamanho da nossa luta, dos nossos esforços. E quando chegamos a situações onde não conseguimos mais, a culpa é nossa. Ninguém parece querer entender que a gordofobia gera um ódio. E esse ódio impede a todos, profissionais ou não, de ouvirem nossos pedidos de socorro”, comenta o Nutricionista e Ativista, Erick Cuzziol.

A campanha conta com uma série de ações presenciais e digitais com a hashtag #MenosGordofobiaMaisDignidade, que serão executadas ao longo do ano por todo o Brasil. Um importante acontecimento é a exposição de pôsteres ilustrados com frases curtas sobre a obesidade, que acontece em São Paulo, na estação do metrô Borba Gato (Linha 5 – Lilás). As pessoas que visitam a exposição também podem acessar o site da campanha com diversas informações didáticas sobre a patologia e toda a complexidade que a envolve.

“Nesse cenário em que vivemos é necessário falarmos sobre os danos que a gordofobia traz para a vida da pessoa que convive com a obesidade. Está mais do que na hora de mudarmos a nossa abordagem e passarmos a olhar para as reais necessidades da pessoa gorda, combatendo o estigma do peso e lutando pelos seus direitos”, explica Giulia Gamba, Gerente de Comunicação da CDD.

Sobre a CDD

A associação Crônicos do Dia a Dia – www.cdd.org.br – é uma organização sem fins lucrativos. Desde 2018, tem como missão apoiar todo o potencial humano para ampliar as perspectivas das pessoas que convivem com condições crônicas de doença.  A partir dos pilares de trabalho de Responsabilidade social, Qualidade de vida, Políticas Públicas, Pesquisa e Informação, desenvolve projetos e campanhas para fortalecer o diagnóstico precoce, conscientizar sobre sintomas, políticas públicas, tratamentos e vivências com os diagnósticos, para impactar na qualidade de vida das pessoas que convivem com as condições, seus amigos e familiares

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