Os salários das mulheres são, em média, 20% menores do que os dos homens globalmente. O dado é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que reforça que medidas de transparência salarial podem colaborar na solução de disparidades salariais amplas no mercado de trabalho.
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Entre as principais explicações para essa discrepância, a organização internacional elenca características como educação, habilidades e discriminação com base no gênero.
Por sua vez, o Banco Mundial destaca que quase 2,4 bilhões de mulheres no mundo não têm os mesmos direitos econômicos que os homens – diferença que chega a 172 trilhões de dólares. Globalmente, as mulheres têm 75% dos direitos dados aos homens. Além disso, 178 países mantêm obstáculos legais que evitam a completa participação econômica feminina no mercado de trabalho.
As mulheres estão, ainda, entre as pessoas mais afetadas pela crise sanitária do covid-19, que interferiu na oferta de postos de trabalho. Segundo um recorte da OIT para a América Latina e Caribe, a taxa de participação laboral das mulheres sofreu uma queda histórica de 5,4 pontos percentuais – um retrocesso de 10,3% – chegando ao nível de 46,4%. Tal índice corresponde a 12 milhões de mulheres que deixaram a força de trabalho regional devido à eliminação de empregos.
Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, tal disparidade é um alerta ao mundo empresarial, uma vez que esse tema deve ser uma das principais pautas nas corporações que desejam o prosseguimento de seus negócios.
“Todo o corpo de funcionários deve ser valorizado, respeitado e tratado de forma justa, mas destaco o papel feminino nas organizações, que deve ser empoderado, inclusive quando falamos em liderança inclusiva. Essa diversidade traz uma série de benefícios tanto para a empresa quanto para o público, que está cada vez mais consciente e atento às corporações que implementam iniciativas de Responsabilidade Total”, finaliza.